Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sábado, 16 de janeiro de 2010

Verso e reverso

Basílica de S. Pedro


Dentro da manhã
Tu eras um sorriso,
Qual sonho indeciso
Numa alma pagã!
O teu perfume inebria
Como neblina perfumada
E em nós a sensação do nada
Toca, de repente, a alegria.
Chamámos fé a este fogo ardente!
Tu e só tu, na memória do Tempo...
E em nós como grito ou lamento
Uma luta fecunda ou demente!
Míseros pedintes do Tudo,
Caminhantes do espaço eterno,
Olhas-nos, qual parente paterno...
Ou talvez pai sentido e mudo!
Sorriso e sol que desperta
Dentro da mentira real,
Sonho de bem vencendo o mal,
Cruz tão pura que liberta...
Verdade que o dever já destrói;
Caminho que a instituição já desfaz;
Amor que o hábito insatisfaz...
Vida pura que dentro de mim dói!

Ana




Basílica de S. Pedro - Vaticano

18 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida Ana

lindissimo poema...torrente de poesia.
Adorei.

beijinhos
Sonhadora

Gerana Damulakis disse...

Está cada vez mais difícil escolher o poema do dia 23.
Vc é uma poeta de primeira, Ana.

MARU disse...

Porque somos humanos, todos tenemos nuestro verso y anverso.

Lo describes con magistal belleza.
Besitos

Georgio Rios disse...

VErsos bailarinos!!Um poema que dança por olhos mentes e ouvidos!!

Andradarte disse...

Lindo amiga Ana.

Como tudo o que escreve.

Beijo

ETERNA APAIXONADA disse...

Querida amiga Aninha

Mal o ano começou a correria também...
Espero ter mais tempo para voltar em seu blog que gosto muito!
Está "em verso e reverso" lá no meu mais novo blog MIMINHOS RECEBIDOS E DADOS :) uma indicação para seus blogs!
Passe lá para buscar o selinho "Parabéns por compartilhar tudo com seus amigos!"
Você merece!

Receba meu abraço amigo e uma feliz semana!

Helô Spitali

Dalva Nascimento disse...

Estes versos teus exprimem o sentimento da humanidade carente de Deus...

Beijinhos e boa semana!

duarte disse...

a fé que nos habitua a sermos crentes de que todo sol pode ser suave...e pode...
belo como sempre.
abraço do vale com chuva tb

Laura disse...

Lindo !

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Li o teu comentário ao texto do Platero.
Está tudo bem, minha querida. E... se por acaso, não estivesse, bastava vir aqui e ler os teus poemas e ficava logo de alma lavada.
Acontece que ando a juntar pontas soltas. Um exemplo: juntar e guardar em pastas os desenhos das minhas filhas que elas fizeram ao longo da sua infância.
Juntar e ordenar fotografias, e por aí fora. Deu-me para isto.
Mas vou tentar ser mais assídua no blogue.
Beijinho e uma semana cheia de maravilhas, quem sabe, um pouquinho de sol.
Isabel

Antoniatenea disse...

Es bonito el poema... a veces no lo entiendo todo pero es una creación muy bella y sentida.
Tus imágenes también transmiten lo que te encanta el arte ...sin arte la vida es gris.
Un beso!

Cristina disse...

Muito lindo este basilique.
Bom semana, Ana, beijinhos.

utopia das palavras disse...

Sendo alma pagã, foi este poema um toque na minha alma! Gostei Ana!

Beijo

Lis. disse...

É interessante perceber que sempre haverá querer e esperanças, dentro do campo do amor. Creio que é isso que impulsiona a humanidade dentro dos infinitos encontros e desencontros que há.

Cumprimentos à ti.

Lis.

Laura disse...

Obrigada.
Beijinhos

Anónimo disse...

Gostei muito :)
Beijinho

Ianê Mello disse...

Lindo poema, Ana!

Beijos e ótima semana.

Sansell disse...

Que lindo, adorava ai lá estar, só mesmo pela requintada beleza da arquitectura! E que lindo poema, dá ainda mais valor aos olhos do leitor e observador!