Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sábado, 20 de fevereiro de 2010

DIS - CURSUS


Alphonse Mucha, Hiver, 1900

Sou em ti para querer
A doçura inefável do poema...
Uma breve ânsia!
Uma subtil náusea
De sonhos a desventrar;
De loucos silêncios
Onde acontece, às vezes,
A Vida!

Sou no sonho para te dar
A doçura inefável do poema...
E as palavras procuram, então,
Um pleno silêncio de existência;
Uma sonora expressão da essência,
Para serem, à margem de mim,
O laço e a voz da permanência
Onde acontece, às vezes,
A Paz!

Sou no meu corpo para sentir
A doçura inefável do poema...
E aconteces em mim
Numa sensível expressão do verbo
E somos, depois, a marca
E o silêncio
E a força
E a luta tocante do vital:
O Amor!

Ana





12 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida Ana
Lindo poema, muito profundo de sentires.



Sou no sonho para te dar
A doçura inefável do poema...
E as palavras procuram, então,
Um pleno silêncio de existência;
Uma sonora expressão da essência,
Para serem, à margem de mim,
O laço e a voz da permanência
Onde acontece, às vezes,
A Paz!

Lindissimo

Beijinhos
Sonhadora

Georgio Rios disse...

Uma bela composição de telurismo impár!!!

Janaina Amado disse...

Minha querida, passei aqui para dar-lhe um beijo e um abraço carinhosos. Sei bem como é estar com entes queridos doentes. Para você, seus amigos e sua família, muita força e muito amor.

João Santana Pinto disse...

Como eu gostaria poder escrever assim… uma poesia tal leve, brilhante, cheia de cor e conteúdo… consegue mesmo sobrepor-se à boa escolha da imagem.

Salomé disse...

Como são lindos estes poemas professora... parabens.
beijinhos*

alex campos disse...

Lindíssimo e ... cheio de força.
Bjs.

nydia bonetti disse...

Um poema de doçura inefável e ao mesmo tempo intenso. Lindíssimo. Tua poesia realmente me comove, Ana. Beijos.

duarte disse...

olá ana
esse inverno , é belo.
descanso para germinação e floração.
intenso e repousante.
abraço do vale

Dalva Nascimento disse...

"A doçura inefável do poema"... obrigada por tanta beleza, Aninha!

Bjs.

Gerana Damulakis disse...

Um poema que é um show (como sempre). Bjo, querida Ana.

Fernando Campanella disse...

Muita beleza, realmente, em teu lirismo, Ana, versos que cantam a doçura dentro da alma. Bjos.

Ianê Mello disse...

Ana,

estou emocionada e sem palavras.

Quanto amor!

Grande beijo.