Félix Valloton, 1922
A manhã em lágrimas lavada
Lamenta em silêncio dardejante
O último eco do sofrimento.
A Humanidade agarrou o Nada
Debaixo de um frémito retumbante,
Dentro do último lamento...
Surgia do fogo um bafo gélido,
Corrompia docemente o conceito;
Tinha um estranho preceito
De espalhar seu sorriso pérfido
No Tudo que nascia em seus braços,
No odor estranho de seus passos.
E nasceu com gemidos moribundos,
Perdido no último abraço da Fé...
Social, socialis: seus gostos, seus mundos!
Mundo: sorriso elástico e indeciso,
Verbo defectivo terminado em «é».
Ideal de nevoeiro, vacilante, impreciso.
Caminho aberto em escadas,
Rosas perdendo pétalas nas sacadas.
Sorriso - ironia, censura banal...
Ideal tornado cinzento e trivial.
O Outro: o outro era sempre o Nada!
Profundo encontro na verdade enlameada.
O Outro: voz cava perdida no gesto,
Agredida a verdade, mentira em manifesto.
O Outro é o sorriso que desfeito em massa,
Amálgama de um tempo que passa...
Dentro do sol a Verdade não escurece;
Dentro da vida o gesto fútil arrefece!
Ana
Lamenta em silêncio dardejante
O último eco do sofrimento.
A Humanidade agarrou o Nada
Debaixo de um frémito retumbante,
Dentro do último lamento...
Surgia do fogo um bafo gélido,
Corrompia docemente o conceito;
Tinha um estranho preceito
De espalhar seu sorriso pérfido
No Tudo que nascia em seus braços,
No odor estranho de seus passos.
E nasceu com gemidos moribundos,
Perdido no último abraço da Fé...
Social, socialis: seus gostos, seus mundos!
Mundo: sorriso elástico e indeciso,
Verbo defectivo terminado em «é».
Ideal de nevoeiro, vacilante, impreciso.
Caminho aberto em escadas,
Rosas perdendo pétalas nas sacadas.
Sorriso - ironia, censura banal...
Ideal tornado cinzento e trivial.
O Outro: o outro era sempre o Nada!
Profundo encontro na verdade enlameada.
O Outro: voz cava perdida no gesto,
Agredida a verdade, mentira em manifesto.
O Outro é o sorriso que desfeito em massa,
Amálgama de um tempo que passa...
Dentro do sol a Verdade não escurece;
Dentro da vida o gesto fútil arrefece!
Ana
12 comentários:
Minha querida Ana
Maravilhoso poema.
A manhã em lágrimas lavada
Lamenta em silêncio dardejante
O último eco do sofrimento.
A Humanidade agarrou o Nada
Debaixo de um frémito retumbante,
Dentro do último lamento...
Adorei
Beijinhos
Sonhadora
Ana: poema daqueles inesquecíveis; li 3 vezes. Bjo bjo bjo, portanto.
Este mundo, o de afora, e o nosso particular, o que está dentro do nosso coraçäo, passa por chuvas, vendaváis,trovöes e sunamis, mas nunca têmos que esquecer de depois, sempre sai o sol e as flores voltam a florecer....
Um beijnho amiga.
Blog em renovação constante...gosto disso.
Belo poema...fiquei sem folgo...
Beijo
Ana
obrigada pelo carinho demons trado na sua visita.
Vou voltar sempre...
Vamos partilhando...
Um beijo
ANA
Quero dizer que amei o poema e a foto...
Linda e profunda...leio nela muita beleza.
Deixo ...
CONFIANTE
Uma semana vai...
Uma semana vem...
E com ela mais sonhos...
E vamos aprendendo a sonhar...
Para podermos viver
E sentir que a vida é linda
E tem sempre algo de novo...
Para podermos sorrir...
Temos que olhar à nossa volta...
E estar sempre atentos...
Pois algo de novo aparece...
E muitas das vezes...
Nada esperamos...
Na corrida da vida...
Fica pouco tempo...
Mas quando a felicidade surge...
É com a mão aberta...
Que a esperamos...
E a guardamos!...
LILI LARANJO
Olá, Aninha!
Fortes versos que tanto me dizem ao coração sempre em busca de uma razão para a vida.
Um beijo, com o meu carinho.
♥
Pétalos, sonrisas, sentimientos recordados , tiempo que pasa..todo en una armónica poesía muy sentida. Me encanta!!
Tus hortensias me maravillan , adoro las hortensias!!
Besos!!!
Andava perdida deste mundo eu, mas estou a ver que a qualidade aqui continua inigualável :)
Beijinhos
Ana, j'espère te rencontrer avec Isabel et fransisco!
Boa noite, beijinhos.
Ana,
Perfeito! Parabéns!
Abraço forte,
Adriano Nunes.
Adorei o poema, em especial os últimos 3 versos da primeira estrofe.
Esteja descansada, não a vou deixar fiar mal.
Beijinhos
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