Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sábado, 7 de dezembro de 2013

Íntima


Leonid Afremov

Não mais o revoltoso incongruente
Dos meus etéreos primeiros anos;
Não mais a ilusão intermitente
Avassalando os ilusórios desenganos!

Fui criança buscando a vida e nada mais.
Sozinha li e aprendi a teimosia silenciosa.

Não sei donde jorrou, agora, impetuosa 
Esta triste torrente de tinta em caudais...

Tempestade, serena, eu te sublimarei!
Após ti, o sol iluminará, calmo, a alma.
Silenciosa, só, até à luz  caminharei...
Buscando, vacilando, lutando até à calma!

Ascese, diria, talvez, se soubesse cumprir!
Direi, apenas, mulher humana - amor...
Peito aberto, temes mostrar, tentas fingir
Só porque amas, amas, com todo o fragor?

Estranhas em ti essa verdade sublime,
Esse Amor sem limites nem barreiras?
Esqueces-te que, afinal, a dor redime
E que o Amor é luz sem fronteiras!

Ana

13 comentários:

Jorge disse...

Um poema purificador, doloroso, frágil, ambicioso e redentor que, quando se manifesta, mostra a sua luz sem froteiras.
bj
J

José María Souza Costa disse...

Olá, Ana.

Boa noite, desde cá, do Brazil.
Estou grato por ter passado pelo meu blogue e comentado.
Tenha uma noite agradável, e um fim de semana Maravilhoso.
Abraços abrasileirados.

São disse...

Um excelente poema que mostra um caminho nunca fácil, acompanhado por uma ilustração que me agrada.

Fraterno abraço, linda

Lídia Borges disse...


A vida, fio a fio, em imperfeito tear, teimando na difícil tecelagem de caminhos perfeição.

Por aí, seguimos!...

Um beijo

Fê blue bird disse...

Uma intimidade que partilhas e que temos o privilégio de conhecer minha amiga.
Valha-nos sempre o Amor!

beijinho





Manuel Veiga disse...

amor em corpo inteiro!

belo poema.

beijo

Isa Lisboa disse...

Não interessa de onde jorrou essa tinta, mas sim que continue a correr por estas linhas!
Beijos, boa semana

Zilani Célia disse...

OI ANA!
SEMPRE UMA AGRADÁVEL SURPRESA.
TE LER É ENLEVAR A ALMA COM O QUE TEM DE MELHOR, POESIA PURA E LINDA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/

Luma Rosa disse...

Oi, Ana!
A vida se repete em ciclos! Quando pensamos saber tudo, ela nos dá uma rasteira.
O contrário também procede! :D
O amor sempre nos deixa mais seguros. Ou não! Basta uma dúvida para colocá-lo em risco. Ou não! Tem vezes que ele é tão forte que vence tudo e todos!!
Ou não! :D
Beijus,

Andradarte disse...

Li duas vezes...mas ainda voltarei..
Boa semana
Beijo

Nilson Barcelli disse...

O amor é um excelente "medicamento"... cura quase tudo...
Fico maravilhado ao ler-te. A excelência da tua poesia é reveladora do teu enorme talento.
Ana, tem uma boa semana.
Beijo.

JP disse...

Eheh...estava a comentar outro post e...nem sei o que aconteceu. O comentário não entrou e o post desapareceu :)))

Agora tenho outro. Boa.Porque o amor é mesmo uma luz sem fronteiras....

Beijinho

Olinda Melo disse...


Querida Ana

Um poema feito de luz e sombra, em que a luz se destaca com fulgor. A busca sublima e nela nos descobrimos...nem sempre ficamos maravilhados com as nossas introspectivas e humanas descobertas, mas é uma forma de nos purificarmos.

Amor é luz sem frnteiras! Concordo, plenamente.

Bj

Olinda

P.S. Não te preocupes com o passatempo. Também eu não sou muito dada a essas coisas. :)

Bjs