Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Recalibragem

James Ensor, Christ´s Entry into Brussels
Palavras são máscaras
gastas semeadas
na multidão
do chão que pisas

Palavras são máscaras
vazias e frias
na solidão
sem pão de terras lisas

Ana


10 comentários:

Edum@nes disse...

Palavras são máscaras,
Usadas pelos políticos
Ao vento semeadas
Governam aos gritos
Contra multidões...
Trabalham a terra sem pão
Tropeçando nos torrões
Com as lágrimas da solidão!

Bom fim de semana para você,
amiga Ana Tapadas,
Um abraço
Eduardo.

Rogério G.V. Pereira disse...

Teu poema bem podia servir-me hoje de legenda...

São disse...

Nem máscaras já são sequer os termos utilizados por esta escória que foram parar ao Poder, para nossa desgraça.

Uma coisa têm conseguido muito bem: uma total revolução semântica , com criação de um dialecto quase incompreensível.

Tem cuidado ao falhares um objectivo, porque esse "inconseguimento frustracional" poderá deixar-te "castrada" ( Assunção Esteves dixit)

Abraços muitos tristes...

JP disse...

Por vezes as palavras são mesmo máscaras e eu nunca gostei de máscaras...de algumas pelo menos.

Beijinho

duartenovale disse...

Um chão feito de passos
Vale uma infinidade de palavras.

Abraço do Vale

O Puma disse...

Depende das bocas

AC disse...

Ana,
A desonestidade intelectual e a indignidade andam sempre (re)calibradas. Para nosso mal.

Beijo :)

Isa Lisboa disse...

Podem ser, sim! Por isso é importante que as usemos bem!
Beijos

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá Ana; gostei do poema...Espectacular....
Cumprimentos

Manuel Veiga disse...

as palavras podem também ser belas...

como neste espaço.

beijo