Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

quinta-feira, 6 de março de 2014

A vida mudou

Leonor Botteri



Tu, que ficaste sentada
olhando o além,
não vês que o tempo mudou,
desapareceu alguém?
Não fiques parada,
olhando contristada
um ponto sem vida,
a saudade, o tormento,
uma imagem perdida
no teu pensamento!
Não fiques chorando,
não estejas olhando
um mundo parado!
Não olhes, sorrindo e triste,
a dor, a amargura que existe
no eco surdo do teu brado.


Ana

10 comentários:

Edum@nes disse...

no silêncio desesperado...
do outro lado surdo permanece
desenraizada dum triste passado
ao encontro do futuro que merece

Tanta dor, tanta amargura,
do passado herdades injustiças
tantas atrocidades cometidas
nesta vida tudo muda...

Para você amiga Ana Tapadas.
desejo uma boa noite, um beijo
Eduardo.

Rogério G.V. Pereira disse...

Não fiques
Não fiques
Não olhes

A vida mudou

Volta a bradar, talvez o eco se encha

Andradarte disse...

Belo....o seu poema

Seguir em frente...é preciso
Beijo

Pérola disse...

Que conselho poético e tão certeiro.

Não, esse não é o caminho.

Beijinhos

Petrus Monte Real disse...

Ana:

É muito dura
a vida que corre,
célere e louca,
"pregando" partidas
sem avisar!
Por vezes deixa-nos "imobilizados"!
Ainda bem que o poeta
ajuda a pensar
e a viver!

Beijos
Bom fim de semana

São disse...

Para o nosso Dia, eis um belo poema de incentivo!

Desejo.te um feliz Dia da Nulher e te abraço fraternalmente, Aninhas, rrsss

Mar Arável disse...

No ciclo das marés

tudo se move

Bjs

Manuel Veiga disse...

solta o brado - a montanha faz o eco...

muito belo.

beijo

Isa Lisboa disse...

Por vezes é difícil percebermos que o tempo mudou, e ficamos ali, como se ainda fosse o mesmo...

Uma boa semana, Ana

Fê blue bird disse...

Um excelente conselho, uma mensagem a seguir.

beijinho amiga Ana