Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Arestas

Rob Gonsalves

É no espaço entre as palavras
Que aras, que lavras...
Que traças indómito lamento.
E descem pelas arestas
Finas teias de ilusão...
É no espaço entre as palavras
Que caem fiapos de névoa
De um heróico momento.
Semente quieta que voa
Sobre a tua solidão...

Ana


18 comentários:

Edum@nes disse...

São arestas sim senhor!
palavras ao acaso não serão
sim ou não do pensador
surgidas na imaginação.

Gostei das palavras,
nas arestas meditei
há tantas feridas e mágoas
quantas serão, dizer não sei?

Desejo uma boa noite para você amiga Ana, um beijo.
Eduardo.

Rogério G.V. Pereira disse...

"é no espaço entre as palavras"
o ponto
onde me encontro

"heróico momento"?

Daniel C.da Silva disse...

Uma espiral de poesia em palavras tão escolhidas... Belo. Muito.

Beijo amigo

Luma Rosa disse...

Oi, Ana!
As palavras e seus ecos, ruídos, ressonâncias... É nesse entrelugar que tudo se acena e se torna ato na palavra.
Beijus,

Anónimo disse...

Lindo, este poema seu em solidão.

. intemporal . disse...

.

.

. é nesse espaço preciso . é precisa.mente nesse espaço . que as entre.linhas traduzem o sentido de uma existência qual.quer .

.

. ou . nem por isso . :) .

.

. por.que todos fomos/somos "feitos" para não mais findarmos .

.

. um bom fim.de.semana .

.

. um beijo meu .

.

.

Manuel Veiga disse...

denso o espaço por onde a solidão escorre - o das palavras (inter)ditas!

beijo

Vanuza Pantaleão disse...

Ana, minha amiga, obrigada pelo carinho do teu retorno e votos também de um fim de semana agradável e tranquilo.

Entre esses espaços, acredito, tantas outras palavras podem existir e coabitarem, ou então silêncios e pausas. É assim, de imediato, que imagino ser o processo de criação literária. Porém, com certeza, há arestas a serem aparadas.
Nossa! Quantas reflexões a fazer!
Adoro teus poemas e esses quadros que aqui expões...beijos!

Ives disse...

Sua poesia chegou ao meu olhar no momento em que pude entender cada fragmento! abraços

Graça Pires disse...

Nas entre-linhas as palavras, os silêncios, as sementes de uma escrita profunda e sentida. Muito belo!
Um beijo, Ana

P.S. Obrigada pelas palavras de "profissional" deixadas no meu "Ortografia" e que me sensibilizaram.
Beijo.

Fê blue bird disse...

No espaço entre as palavras é onde se encontra tudo o que queremos dizer e tudo o que sentimos.
Lindo amiga Ana

Beijinho

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Ana

eu sei que nao foi para mim, mas este poema é para mim!

e no dia em que foi postado é e tem que ser para mim.

gostei muito, muito....

:)

Lídia Borges disse...


Fica-se a morar nas palavras e no espaço entre elas reescrevemos o poema (já nosso).

Um beijo

Lídia

Olinda Melo disse...


Nesses espaços por cumprir fica o que ficou por dizer. E não há nada que doa mais...

Um dos teus poemas mais lindos, querida Ana.

Bom domingo.

Bj

Olinda

Isa Lisboa disse...

Talvez seja de limpar as teias da Ilusão e recomeçar...?

Um abraço, Ana, uma boa semana!

Bípede Implume disse...

Olá querida Aninha

Estou de volta não de férias, que foram poucas, mas de uma reorganização que levou tempo.
Mas feliz por voltar a ler as tuas sábias palavras.
Muitos beijinhos
Isabel

Existe Sempre Um Lugar disse...

boa tarde, é no espaço entre as palavras, com liberdade de pensamento, que consegue criar lindos poemas.

AG

http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

Nilson Barcelli disse...

O espaço entre as palavras, por vezes é dúbio...
Mas muitas vezes meia palavra basta...
Gostei do teu poema, é magnífico.
Tem uma boa semana, querida amiga Ana.
Beijo.