Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

domingo, 16 de novembro de 2014

Candura

Masha Kurbatova
Queima o teu sândalo,
Incensa e perfuma!
Purifica o teu sonho
Que a toga imunda
Envolve o candidato!

Alva e luminosa
Seria a pureza
Moral e ascética,
Na clareza serena...

Mas o vândalo silêncio,
Brilhante no logro,
Enriquece e madruga
Na aparência do branco.

E Kandaros de breu
Incandesce e ilumina!

Ana


(kandaros, “carvão”, já que ele emite luz e calor quando aceso.)

19 comentários:

Andradarte disse...

Espectacular...

Obrigado Ana...
Beijo

Edum@nes disse...

Porque o obstáculo dificulta,
será que água mole tanto bate
em pedra dura até que fura
como o calor da chama que arde
mas não se vê na noite escura!

Boa noite amiga Ana, um beijo.
Eduardo

Rogério G.V. Pereira disse...

Há poemas que me deixam
a pensar
na aparência do branco
e na explosão da luz

não tenho a certeza ser essa
a intenção do Poeta

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Estive este tempo todo a recuperar de uma contractura muscular. Agora já estou melhor e com saudades de te ler.
Levo comigo toda esta beleza.
Beijinhos.

São disse...

Poema que nos leva a pensar, Ana...

Abraço amigo com votos de boa semana

Vanuza Pantaleão disse...

Ana, tive sérios problemas com meu pc e nem sei se respondi ao seu comentário que encontrei por lá. Mas, de todas as formas, fico feliz com essa candura de poema e com aroma de sândalo que é o meu preferido.
Maravilha!Adorei!Bjsss

Fê blue bird disse...

Amiga Ana:

Interpretei o teu poema como um despedir da inocência, uma passagem para outra idade menos pura, será ?

beijinho

Manuel Veiga disse...

o fogo (branco) purifica - no âmago!

beijo

Ana Tapadas disse...

É isso, meu amigo, e...há que incensar e incendiar serenamente esse «carvão» social...
bj

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, o branco é purificador para conquistar a paz, seu lindo poema entra rápido e faz pensar, é profundo.
AG

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...


eu diria que era bom sermos sempre crianças e termos sempre essa candura, mas a realidade é outra.

nas entrelinhas deste poema interpretamos palavras que nos levam a uma profunda reflexão.

muito bom!

:)

Jorge disse...

Olá, Ana!
A branco da candura é purificador, refrescando a alma e o coração.
Ao despirmo-nos dela, o calor do carvão incandescente não é solução.
O meu abraço,
Jorge

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Beijinho e bom fim de semana.
Se possível sem chuva...
Beijinhos

Lídia Borges disse...

Entre a sombra e a luz, algures a inquietação.

Muito belo!

Beijo

Fá menor disse...

Perfumemos sempre o sonho e não deixemos que o logro o perturbe.

Beijinhos

Graça Pires disse...

Um poema com imaginário muito interessante.
Gosto da ideia do fogo que purifica o sonho...
Beijo, Ana

Isa Lisboa disse...

Olá, Ana

Tem um presente aqui:

http://instantaneospretobranco.blogspot.pt/2014/11/premio-infinity-dreams-2014.html

Um beijinho e um bom fim de semana!

Magia da Inês disse...

♪♬° ·.
Há tantos tipos de carvões nesse mundo!

O carvão do incenso purifica sim... os homens de boa vontade... mas, também existe o carvão da corrupção... presente em todas as partes do mundo!...

Boa semana!
Beijinhos do Brasil.♪° ·.
♪♬♫° ·.

Daniel C.da Silva disse...

Porque precisamos de incensos oníricos para purificar a vida...