Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sábado, 6 de junho de 2015

Certidão


Pál Szinyei Merse


É deste quente ar macilento
Que se soltam as novas
É no infindável quebranto
Que a vida renovas
Além do silêncio tão lento
Inefável solidão do pranto
Se ergue a neblina
Se estende teu manto
Dura certidão das provas
Madura  voz sibilina

Ana


17 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Há poemas puzzle
que me deixam arrumando pedras
faço-o com gosto
são-me familiares e belas

Graça Pires disse...

"Além do silêncio tão lento" fica a beleza destas palavras a revelarem a "certidão" de poeta...
Beijo.

Mar Arável disse...

Tantos são os silêncios

Fê blue bird disse...

Uma certidão de silêncio e pranto, como a conheço .

Um beijinho e boa semana amiga Ana.

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Um belo poema.
Um abraço.

Majo disse...

~~~
~ Não é fácil
renovar a vida, em pungente solidão...

~ Certidão dorida
do vazio de um ser querido ausente...

~~~ Grande abraço, Ana. ~~~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, silêncios necessários e desnecessários, conheço ambos, poema lindo que trás a reflexão.
AG

Manuel Veiga disse...

pressente-se a Luz. no âmago do silêncio

beijo

Manuel Veiga disse...

pressente-se a Luz. no âmago do silêncio

beijo

Olinda Melo disse...


O comentário de Rogério C.V.Pereira fez-me sorrir.Estou como ele.
Este teu poema é sublime. O teu talento no emprego das palavras,
transmitindo sentimentos de forma subtil deixa-me em estado de
recolhimento e a contar as pedrinhas da calçada.

Parabéns, querida Ana.

Beijinhos

Olinda

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Os poetas são, de facto, os grandes mágicos das palavras. Para mim são o encantamento total. Bem hajas.
Beijinhos gratos.

São disse...

" O silêncio tão lento" nos oferece a degustação da tua poesia...

Amiga, forte abraço

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

e no silêncio fica a certidão do Poeta.
beijo amigo
:)

Edum@nes disse...

Em silêncio a li.
lenta solidão seria?
A palavra certidão vi
nessa bela poesia!

Meu silêncio não quebrou,
continua em banho maria
a fervedura não entornou
infindável seja a sua alegria.

Tenha uma boa noite amiga Ana, um beijo.
Eduardo.

Luma Rosa disse...

Oi, Ana!
Mesmo fraquejante e lentamente, a vida se renova! Não podemos é perder as esperanças!
Bom fim de semana!
Beijus,

vieira calado disse...

Bons ritmos a acompanhar um foto também muito bonita!

Beijinhos!

CÉU disse...

Pode ser que no meio desse ar macilento, se levantem algumas papoilas, como as que estão no quadro, Assim, a vida adquirirá paixão, mesmo sem certidão.

Boa semana.

Beijos.