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Alentejo, Google |
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
– que é uma questão
de vida ou morte –
será arte?
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
– que é uma questão
de vida ou morte –
será arte?
Boa tarde, uma grande parte de si é poesia e cultura.
ResponderEliminarSemana feliz,
AG
Mais um poeta que nos deixa. Gostei do poema, como gosto de toda a poesia de Ferreira Gullar. Ficará em mim sempre que o ler.
ResponderEliminarUma boa semana, Ana.
Beijos.
Sem vida, a morte sem arte,
ResponderEliminaronde não haverá mais ambição
porque quem desde mundo parte
para sempre, mais não volta não!
Tenha uma boa tarde amiga Ana, um abraço,
Eduardo.
Somos mais que uma única parte.
ResponderEliminarAlguns deixam uma parte de si impressa em palavras antes de partir.
Abraço
Sônia
E, assim, as duas partes se complementavam.
ResponderEliminarPartiu, mas não morreu...
Abraço, estimada Ana.
~~~~~~~~~~~~~
... valham-nos os poetas!
ResponderEliminarmas esses pouco podem - e morrem!
beijo