Viana do Castelo, Novembro de 2019 |
Ancorados os sonhos
perdidas as viagens
na voragem do tempo
a memória se foi
Teu homónimo morreu
Agora aqui estamos
hospital da decadência
a dias da destruição
o teu Norte e teu rumo
Na guerra primeira (?)
Ancorado nos dias
aragens e vento
nas águas do cais
ao sabor da cadência
Teu homónimo morreu (?)
Imperfeitas as rotas
estáticas e revoltas
negação na paisagem
ancorados os sonhos
Ana
5 comentários:
Não negar a paisagem. Não ancorar os sonhos. Apesar das rotas imperfeitas e das viagens perdidas… Um poema com alguma coisa de enigmático e melancólico…
Uma boa semana, Ana.
Um beijo.
Ai de nós quando formos perfeitos
E dobrou Gil Eanes o Cabo Bojador com tanta tormenta e agora está um dos homónimos dele, ali, sem "vida", parado, inerte. Isso não se faz, mas continua a fazer-se por aí e a História e tu registam estes acontecimentos. Tens um olhar clínico, tanto em prosa, qto em poesia, muito apurado.
Beijos e boa semana.
Ó mar salgado
quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal
ou
todos nós somos navio
trazendo a bordo
a memória que temos
Gostei bastante da publicação :))
Hoje : O Meu horizonte adormecido.
Bjos
Votos de um óptimo Domingo
Enviar um comentário