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Havia uma janela na casa da avó e dela eu via o mundo. O aroma a café inundava a casa e, lá fora, na rua de paralelepípedos ecoava o patear do cavalo que o senhor Pintão amestrava numa dança bem ritmada.
Por vezes, uma brigada de GNR descia a rua zelando uma ordem de espartilho bem apertado. Só o meu pensamento esvoaçava pelos telhados de Janeiro, numa transgressão de menina que corria com os lobos.
Havia, por certo, outros mundos de casas mais altas e gente aprumada, já encontrara tantas dessas pessoas nos romances que devorava, quando a fuga ao olhar da janela se debruçava e mergulhava nos velhos livros...
Bettina Baldassari, "Waiting" |
Ao serão, bebíamos chá verde e comíamos bolachas. A avó contava episódios de outros tempos, das guerras, das profecias, dos sinais de fogo, de Castelo de Vide, das noites no monte, dos livros do pai dela, de costumes nossos que não poderíamos divulgar mas deveríamos manter, do voto do avô em Humberto Delgado, da necessidade daqueles rituais tão nossos...
Manhãs serenas de fatias douradas.Tardes de gaspachos e arrebóis incendiados.
"Vó", para onde foram as aves?
Ana
Que lindo e envolvente ! Adorei as belas imagens e eram outros tempos, tudo bem mais calmo e sewreno!Adorei! beijos, linda semana,chica
ResponderEliminarOlá Ana, o passado, presente nessa sua belíssima postagem, com
ResponderEliminartexto da melhor qualidade, e que nos faz voltar no tempo.
Parabéns pelo texto e pelas imagens.
Votos de uma boa semana, paz e felicidade.
Abraços.
Um bonito texto saudoso, cheio de afetos.
ResponderEliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Ana
ResponderEliminarQue beleza de texto.
A saudade das coisas boas da infancia que nunca esquecem.
Adorei, assim como as imagens escolhidas.
Boa semana com saúde e paz.
Um beijo
:)
¡Hola Ana! Me ha encantado tu post, lo he leído con mucho interés. Gracias por compartirlo.
ResponderEliminarExcelente contenido tu Blog.
Un saludo. Blues Hendrix 😊
¡Hola Ana! Me ha encantado tu post, lo he leído con mucho interés. Gracias por compartirlo.
ResponderEliminarExcelente contenido tu Blog.
Un saludo. Blues Hendrix 😊
Que lindo texto, as imagens belíssimas,
ResponderEliminarsão tempos que não esquecemos, calmos, muita paz...
muita beleza nas coisas simples.
Hoje nada é igual, as pessoas muito ansiosas,
tudo meio maluco!
Uma boa semana,
beijos!
Great article and good blog. Have a nice day ok
ResponderEliminarOlá, querida amiga Ana!
ResponderEliminarQue maravilha ter passado por aqui nesta hora e desfrutado de tão bom momento de lembranças e saudades do que valia a pena.
Os "rituais tão nossos" são os mais lindos de se reviver.
Adorei seu relato tão afetuoso.
Tenha uma noite abençoada!
Beijinhos com carinho
Siempre es bueno leer y mirar la ventana y meditar. Me gusto mucho tu relato. Ahora vivimos a prisa y nos perdemos todo. Te mando un beso.
ResponderEliminarOlá Ana!
ResponderEliminarEsses momentos simples são aqueles que nos ficam marcados no coração para sempre!
Beijinhos, tenha um bom fim de semana 🤗
ResponderEliminarExtremely beautiful pictures! They captured me. Thanks for sharing!
ResponderEliminarLembranças que me fazem voltar ao lugar onde nasci e cresci.
A minha avó com o seu café com leite tão gostoso que não me lembro
de outro igual, a canja de galinha e outros acepipes, simples,
que hoje não se vêem mais...
E a janela...Para mim era uma nesga de mar, numa ilha, que
deixava entrever mundos de encantar.
Bom fim de semana, querida Ana.
Beijinhos
Olinda
Bom sábado e bom final de semana minha querida amiga Ana. A fotografia ajuda a tornar algumas artes eternas. Obrigado pela visita e comentário.
ResponderEliminarOs quadros são tão bonitos... e acompanham maravilhosamente esta tua sentida evocação!
ResponderEliminarAninhas, caloroso abraço e excelente semana :)
Ah, a infância e divinal...
ResponderEliminarE é linda a lembrança dela.
Vejo da tua janela
O mundo... E Portugal
Como a terra ancestral
De todos meus ancestrais
Bem lembrada por meus pais
Que me deixaram à memória
Uma belíssima história
De amor sem outros iguais.
Parabéns pela lind postagem. Abraço. Laerte.
Este teu texto é delicioso, consigo visualizar toda a envolvente da altura, num contexto onde a ditadura reinava e no lar, não lá fora, se podia falar livremente.
ResponderEliminarBoa semana.
Um beijo, querida amiga Ana.
Ana, minha Amiga, posso imaginá-la à janela a pensar que era a menina que corria com os lobos ou voava com os pássaros. Posso ouvir a avó a contar histórias da guerra e a falar de profecias e sinais de fogo e da política de antigamente. Maravilhoso o texto que escreveu e que a sua memória guarda.
ResponderEliminarTudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.