T.S. Kosztka, 1907
Falar de ti é sentir a palavra pequena
Para dizer-te a verdade que não liberta...
É ler-te na vida a razão do poema
Na teia de teus sonhos encoberta!
Falar de ti é ter dois dedos de luz
Presos ao orvalho da procura...
É erguer os olhos para a cruz
Fecundando paz no ventre da amargura!
É ter dois passos de noite, o sol e o luar,
Espreitando o último mistério da oração,
Ao apontar o imperativo do verbo amar!
É sentir amizade, ter confiança e ler solidão,
Dentro da penumbra perturbada do teu olhar.
Falar de ti é: vergar o orgulho à gratidão!
Ana
21 comentários:
ana:
te convido à revista
http://www.diversos-afins.blogspot.com/
há uma entrevista comigo lá.
um beijo.
romério
ps.estendo o convite aos seus leitores.
Querida Aninha,
Esse soneto era tudo o que eu precisava ler hoje. Nesse final de sexta-feira ele surge como um bálsamo para amenizar a dureza do dia.
Desejo a ti e aos teus um final de semana restaurador!
Beijos!
Lindo soneto!
Um bom final de semana para você.
Apareça para me visitar, tá?
Beijos.
Belo soneto
Adorei
Beijos
Sonhadora
Perfeito! O primeiro verso do segundo quarteto é genial e o fecho de ouro... tiro o chapéu para "vergar o orgulho à gratidão": isto é excelente!
Maravilhoso poèma!Bom fim de semana em companhia de Saint-Nicolas!!
Beijinhos.
Palabras con letras pequeñas, penumbras y sombras, son lugares que guardan la esencia de las cosas, ésas que construyen la vida.
Precioso, Ana.
Gracias.
Um beijiño.
Querida Aninha
Tanta sensibilidade e talento na composição do soneto. Gostei muito.
Continuação de bom fim de semana...talvez prolongado. O meu não vai ser.
Já vi que sabes da boa notícia. Obrigada, do coração.
Beijinhos de muita amizade.
Isabel
Obrigado.
Ana,
Muito bonito este teu poema.
Que dizer mais? Obrigada por partilhares estes teus momentos.
Tem um bom fim de semana.
Beijo
Belo. Inspiradissimo, como sempre.
Um beijo.
Cara Ana
Por norma não sou leitor de poesia, nem de coisa alguma. Quiçás porque seja um leitor de mim mesmo, que há muito me abstrai numa espécie de maniqueísmo interno, que por si só me prenche a existência aquém e além do que eu possa ler ou deixar de ler.
Mas porque a Net proporciona estes "encontros" e dalgum modo simpatizei com: Rara Avis, estou a procurar segui-lo(a)!...
Enigmático....
Bom fim de semana
Beijo
Essa expressão latina tanto pode designar como mentira ou como uma fraqueza humana - com relação ao poema, lógico que me guio pela fraqueza.
Conseguiu Ana, dentro de um poema, repassar todo um sentimento cristão, tudo aquilo que está inserido em nosso micro e macro universo. Uma obra prima! posso copiar?
Boa semana! Beijus,
Ana,
Lindo... humano!
Grande abraço,
Adriano Nunes.
Eu não me canso de este poema. Beijinho
Este poema nem parecia seu, sabe... Mas claro, está lindo como sempre.
Beijinhos
Sair de mim é a parte que custa mas eu vou aprendendo !
Querida Ana:
Um belo poema que me tocou profundamente, embora eu pense que a Tradução de Google você estava realmente muito pobre, assim, as palavras e versos, mas a grande força e profundidade.
Muitos beijos,
Isabella
Meus parabéns!!!
Este poema foi a luz para meu dia!!!
Obrigado!!
Boa noite, minha querida amiga. "...Falar de ti é: vergar o orgulho à gratidão!", chave de ouro para um soneto com a alma de Florbela Espanca. Muito bonito, parabéns.
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