Benjamin West
A palavra era vazia
E a casa deserta!
O Amor hierarquia
E a Paz uma traição certa!
Os filiados do mundo,
Num grito cavo e profundo,
Ergueram, então, a cruz...
Tinham rostos impuros,
Desenhados de sonhos escuros,
Onde nunca acontecia a luz.
Nesse tempo os profetas
Ainda falavam de almas abertas.
Cantavam Amor;
Viviam Amor;
Sentiam o Amor de que falavam.
Repentinamente...
A palavra é oca e urgente,
A casa luxuosa e vazia...
Hierarquia!
Dor.
Ana
E a casa deserta!
O Amor hierarquia
E a Paz uma traição certa!
Os filiados do mundo,
Num grito cavo e profundo,
Ergueram, então, a cruz...
Tinham rostos impuros,
Desenhados de sonhos escuros,
Onde nunca acontecia a luz.
Nesse tempo os profetas
Ainda falavam de almas abertas.
Cantavam Amor;
Viviam Amor;
Sentiam o Amor de que falavam.
Repentinamente...
A palavra é oca e urgente,
A casa luxuosa e vazia...
Hierarquia!
Dor.
Ana
11 comentários:
Querida Aninha
Ontem andei pelo Alto Alentejo. Fui lavar a alma. Aproveitámos a melhoria no tempo e fomos planície fora. Lindo o teu Alentejo.
Como o teu poema, embora ele transmita a desilusão dos tempos que atravessamos.
Beijinhos de muita amizade.
Isabel
Minha querida amiga
maravilhoso poema...escrito com alma.
Beijinhos
Sonhadora
É o que sempre escrevo aqui: estrondorosamente seus poemas fazem o leitor despertar. Olhe o que está acontecendo, abra os olhos, veja, sinta, acorde: foi o que disse o poema. E me disse de uma forma poética forte e indignada.
Imagine se a blogosfera não existisse. Estes poemas iriam ficar na gaveta?
Bj, da fã.
Gostei desse vai e vem...essa troca de estados entre as situações...
Abraço
Rafael
Este poema... Não tenho palavras. É o meu preferido.
Beijinho
Ana:
¿De donde sacas tanta inspiración? ¿Como haces para que te acompañen tan bellas palabras?
Un beso.
Conheço sim ! O facto de ser alentejana ?
Beijinho
Quando li o poema que você traduziu, eu comparo como Dali, que assistiu à televisão com uma folha na frente. Paen discernir detalhes sobre as formas, mas eu me sinto muito conteúdo, um sentimento de tristeza concurso que mantém viva a promessa de beleza com a agonia do alienado presente-nos.
Obrigado pela emoção... Beijos
E o amor?
Para onde foi?
Se perdeu na palavra?
Lindo poema, querida!
Beijos.
Ana,
Muito Lindo! Perfeito!
Abração,
Adriano Nunes.
Ana, que lindo poema! A palavra e o silêncio, um embate. Vc nos faz penetrar na casa da palavra, onde habita o ser. LIndo!
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