Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Resignados?

Leonid Afremov





Chove na rotina dos dias
Chove no secreto silêncio da noite
Chove ainda se lutas...
Chove se cais e te ergues
Submersa nos dias da chuva perene.
Chove sobre os lares resignados
Chove ainda se lutas...
Chove sobre a esperança
Diurna, monótona, revolta!
Chove se sobes mais um tom
Chove ainda a bonança...
Fértil no Sul do silêncio
Chove.


 Ana


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkx7WHHHv_ZIkdSsF1lQymc4678U2r4qjFkStyhRs8H3ZsNRFKFvcRgpf8Rlig9im6H1FcTZ-SEp5dqfMOmeWuC2-GtB-TNq8dS6s5SkgBHUZUb2BGqDuMKdZt02-cCyWa4lYunprWFlR8/s400/golconde-ReneMagritte-thumb.jpg
R. Magritte

11 comentários:

Ana Lucia Franco disse...

Chove, apesar, algo além da banalidade, uma fantasia, como as belas imagens surrealistas que acompanham o poema. Muito bom te visitar, sempre.

bjs.

vieira calado disse...

É verdade!

Chove sempre!

O tema está bem explorado.

Beijinhosss

MARU disse...

Môça triste da chuva,
Cabelos de agua, mäos de sereio...

De olhos perdidos nas poças do chäo,
Porque choras assim
De corpo inteiro...
Teu canto de chuva
Teu canto primero...

Näo importa que chova ou que faça sol,
Os sentimentos estäo denro,
O mais de fora, só é ilusäo...

Um beijinho grande, querida amiga.
Adorei....

Andradarte disse...

.....mas nem sempre....Um dia o sol
brilhará....
Tela lindíssima......
Beijo

Dalva Nascimento disse...

Querida Aninha,

ressoam os pingos da chuva
nestes teus versos tão tristes...

Beijinho, com carinho!

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Como diria a minha mãe "Chove que Deus a dá"
Só mesmo o teu poema para dulcificar este tempo.
Gostei da escolha dos quadros.
No quadro de Magritte "its raining men" como diz a canção.
Tem um feriado em paz e quentinha.
Beijinhos
Isabel

Fernando Campanella disse...

Olá, Ana, bela postagem, um belo poema existencialista, pinturas bonitas também. Fiquei feliz quando vc disse que minha Minas Gerais (foto do cabeçalho de meu blog) lembra o Alentejo. Bjinhos e uma boa época de natal para vc.

Meg disse...

Ana,

Sendo a chuva uma constante por estes dias... já não digo o mesmo da bonança, minha amiga.
Dessa andamos bem longe.

Um beijinho da Meg
(myself)

Unknown disse...

Chuva de péssimo agoiro...

Excelente esta edição, porque:
Há uma disparidade de oportunidades;
Há uma acentuada diferença entre o que se tem e o que se sonha.
Há que lutar!
Nunca perder a dignidade.

Bjs, Ana

Fê blue bird disse...

Minha amiga:
Chove no nosso coração.
Chove na esperança, no sonho, na ilusão.
Muito bem feito e bem ilustrado como sempre.

Aproveito para lhe pedir para passar no meu blogue dos 5 minutos e aceitar, se puder claro, o meu desafio.

Beijinhos

Mel de Carvalho disse...

A chuva é a apenas o retorno da água à face da terra e a dor destilada na luminosidade do rosto.

O poema um traço de luz a fertilizar a jornada.

A minha gratidão na partilha
Mel