Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

domingo, 24 de julho de 2011

Um Maio de ternura


Alentejo (Biorege)



Há os quilómetros entre nós e a carta que não chega;
Há um Maio de ternura que a distância não nega...
E o sorriso, qual bálsamo acariciando a manhã,
A força para gritar sobre o azul: «até amanhã!».


Herdade da Ordem (José Alves)


Deus, Deus existe neste pensamento tão leve,
Neste entardecer, tão quente e tão breve...
Apetece-me beijar a brisa morna, o suor da vida.
Caneta tão lenta, monótona, quase esquecida!


Avis (José Alves)


Que querias, tu, dizer à luz do sol - pôr?
Talvez gritar uma tristeza nascida da saudade,
Um Maio de ternura, uma flor à sociedade...
Isso talvez, mas também: «Amor, Amor, Meu Amor!».


Ana


Alter (José Alves)


13 comentários:

Eva Gonçalves disse...

Que lindos versos Ana. As saudades.. sempre as saudades dessa ternura de Maio. :) Beijinhos

Rogério G.V. Pereira disse...

A ternura
pelo Alentejo
pela planura
pela cor
pelo sol-poente

Pergunto-te poeta
Onde pára a sua gente?

sofia disse...

Lindo; Lindo, Lindo ! :) beijinho*

Laços e Rendas de Nós disse...

Maio...

Tanto tempo para lá chegarmos!

Beijo

Fê blue bird disse...

Ana amiga:
Eu sou alfacinha mas adoro o Alentejo, passei 11 anos em Sines que foram os melhores da minha vida.
Lindo poema , lindas fotos.
Desculpa não ser visita mais assídua, mas o pouco tempo que tenho para estar na net, está a ser preenchido ( com muito prazer meu) com as homenagens diárias aos meus amigos.
Beijinhos e boa semana

vieira calado disse...

Um excelente enquadramento.

imagem e poema!

Bjsss

Olinda Melo disse...

Meu Deus, Ana! Que lindo e emocionante poema! Nem sempre me faltam palavras mas este é um daqueles momentos em que elas me não assistem! Há quem não goste de pontos de exclamação mas também não me importo!
O que lhe sei dizer é:
'Apetece-me beijar a brisa morna, o suor da vida.'
‘Talvez gritar uma tristeza nascida da saudade,
Um Maio de ternura, uma flor à sociedade...’
E
‘Isso talvez, mas também: «Amor, Amor, Meu Amor!».’
Beijos e um bom início de semana.
Olinda

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá Ana, belas fotografias do Alentejo...Belo poema...Espectacular....
Cumprimentos

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Que lindo. Num excesso de Verão que é o Alentejo surge o teu poema como água cristalina.
Lindo mesmo.
Beijinhos. Isabel

Unknown disse...

Boa noite, Ana

Estou a regressar ao comentário, a terminar as edições agendadas e a congratular-me com esta belíssima edição.

Nota:
Há uns dez anos atrás, quando regressava das minhas viagens de carro pela Europa e chegávamos aos campos aonde ainda estavam depositados os fardos de palha em forma de paralelipípedo -- Ainda rareavam os rolos -- exclamava sempre: não há dúvida, chegámos a Portugal.
Agora, sempre que viajo prelo Alentejo, congratulo-me pelo facto de afinal, as áreas de cultivo inóspitas já não serem tão extensas. Eis a percepção da viagem pelo distrito de Beja feita recentemente.

Bsj

mixtu disse...

maio...
mês de alternancias...
de sabores...

maio...

sempre um mês de encontros...

abrazo serrano

Ianê Mello disse...

Amei o poema, Ana! Aliás, você sabe que gosto muito do seu estilo.
Vc tem facebook. Queria tanto compartilhar com vc lá. Me avisa qq coisa.

Bjs, amiga.

Anónimo disse...

Que Lindo!