Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sábado, 14 de julho de 2012

É hoje

J. Yerka

Olhos sem brilho fixando o vazio
as horas passando, tremendo de frio.
Menina triste, quem te abandonou?
Diz-me o que a vida te negou...

As lágrimas correndo e a dor,
a face enrugada e sem amor.
Velhinha doce, quem te deixou
recordando o tempo que passou?

Os olhos negros e profundos
vagando em outros mundos.
Criança loira brincando na rua,
ergue-te e sorri, a vida é tua!

Velho curvado sobre o cajado
é hoje aquele dia sonhado...
Não te percas na meditação.
Hoje, agora, chegou a ilusão.

Ana

9 comentários:

Nilson Barcelli disse...

A ilusão, apesar de tudo, é bem melhor que a decepção...
Excelente poema, gostei imenso.
Ana, querida amiga, tem um bom fim de s emana.
Beijo.

São disse...

Excelente poema.

E que se cumpra.

Abraço bem grande, amiga.

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Gostava de também poder festejar o "14 Juillet"...
Está lá a palavra "esperança" no teu poema.
Precisamos tanto dela como de pão para a boca.
Beijinhos, boa semana
Isabel

Fê blue bird disse...

Um poema de esperança, gostei MUITO minha amiga.
Que venha a ilusão!
beijinhos

Jorge disse...

É pura ilusão podermos voltar atrás para recomeçar a vida que passou por nós, passando assim os dias esquecidos do mundo.
Um abraço,
J

Margarida disse...

Passei por aqui para deixar um grande beijo e para partilhar consigo a tristeza de ver o nosso Alentejo em chamas...

Beijinhos,
Sara

Luma Rosa disse...

A constatação de que o tempo passou e tudo que antes era verdade, tornou-se ilusão, não deixa de ser uma decepção. Essa é a minh concepção dos fatos. Mas o que não há conserto, consertado está! Resignação. Sigamos!! Beijus,

Isa Lisboa disse...

Solidão em todas as idades, mas esperança também! Gostei da ligação das ideias, nunca é demais escrever sobre esperança!
Beijos

Daniel Casares Román disse...

Me hiciste pensar!