Edward Robert Hughes, Heart of Snow |
Nota prévia: dizem-me, por vezes, que expresso pouco lirismo. É verdade, sou contida. Euforia e disforia estão fora do meu vocabulário. Prefiro o sorriso à gargalhada e o silêncio ao grito. Tudo isto aprendi com a vida...porém o lirismo perdura, só não o publico. Hoje, abro uma excepção e quebro o «gelo».
Desenham-se aromas celestes
E os teus braços estendem-se,
Agarram a minha vida toda
E cercam o envolvente Amor
Que perfumas...
Sol, azul, calor intenso!
Os teus braços...
Incenso tão meu perfumando
O Amor tão nosso, tão nosso!
E as palavras entram nas palavras
E as palavras colam-se às palavras.
Silenciosa, no ímpeto da vida,
A tua boca...
Unindo, vivificando, enlouquecendo!
Digo-te:
Não há poesia, não há rima, não há regra
Que cante, que defina, que enobreça...
Tua mão segura a minha vida
Perto do orvalho onde a manhã começa,
Perto do tudo onde o uno se alimenta!
Jorra exaltada a Palavra
E entra em nós...
Como fogo, como raio,
Como água pura sussurrando:
Amo-te.
Ana
11 comentários:
Dispensava a nota prévia, sou eu que decido o teu lirismo...
O gelo há muito que derreteu (sinto eu)
Nessa ilha
se tivéssemos um barco
seria inútil
somos onde estamos
e aqui lutaremos
Como água pura o seu lirismo.
Aguardo por mais.
Ana,
o meu nome é Eduardo Leblanc.
E gosto do seu lirismo.
Querida Aninha
Eu sinto lirismo sempre nas tuas
palavras.
Lindo este poema e tão feliz.
Beijinho
Isabel
O belo que da Vida emerge!
Boas Festas Pascais!
Bjinhs
Tinha que ser o Amor a quebrar esse silêncio. LINDO!!!
Não acredites em tudo que te dizem :)
beijinho
Fê
Lirismo duma pureza cristalina em que palavras poderosas culminam numa benção sussurante...
poesia envolvente. e torencial - como lava escaldante...
Confesso que já tinha saudades de te ler. Grande beijinho
Fizeste bem em abrir uma fenda na cerca onde te proteges e deixar ver um pouco mais de ti!
Embora quem seja contida como tu tenha pressentido o doce que és, rrrss
Abraço fraterno
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