Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Frágil

Asiye Aytan

As memórias da minha infância
Têm sonhos de pó e eternidade,
Degraus traiçoeiros e fragrância,
Frágil elixir da tua humanidade.

As memórias da minha infância
Têm este odor, esta serenidade
De gatos à soleira pela tarde...
Visionários profetas da distância!

E um vulto de negro só, a caminhar,
De  braços dados com a recordação
De frescas vidas tecidas ao luar...

Evolam-se, na nostalgia do Verão,
Com odor de amoras e de mar,
Troando os horrores deste suão.

Ana




16 comentários:

Jorge disse...

Olá, Ana!
Um belo soneto que exala ternura e tranquilidade de espírito.
As memórias mais felizes da minha vida são a da infância alegre e descuidada e também das amoras que procurava nas silvas e nas amoreiras.
Um abraço,
Jorge

Edum@nes disse...

Longe não estarão...
as memórias da sua infância
quase sem calor neste verão
por onde andará a esperança?

Com o vento do sueste,
mais fresco vindo do norte
mais quente do sul, não do oeste
há no mundo um fartote
contagiosa alguma peste...

Das amoras o sabor,
das flores o perfume
do verdadeiro amor
quem ama tem ciume?

Bom fim de semana, um beijo.
Eduardo.

Vanuza Pantaleão disse...

A tua poesia me conquistou, Ana. Bom fim de semana e obrigada pela visita. Abraços!

Olinda Melo disse...


Memórias que ficam, as da infância. É quando tudo tem um sabor e um cheiro que perduram.
Adorei o teu poema, querida Ana.

Beijinhos

Olinda

Rogério G.V. Pereira disse...

Não há fragilidade nessas memórias

Frágeis seremos
se esquecermos

José María Souza Costa disse...


Olá,Ana, boa noite.

Mesmo com esta correria do tempo, encontrei tempo, para passar aqui e desejar-te, uma noite maravilhosa de Sexta Feira.
Se quisermos, tudo pode-se, realizar
Abraços

São disse...

Minha amiga, nestas tuas memórias nada denota fragilidade...

Bom fim de semana, Aninhas

Maria Luisa Adães disse...

Ana

Que belo soneto
você escreveu...

E eu gostei

e a encontrei

e me lembrei...

E aqui estou!

Parabéns,

Maria Luísa Adães

Andradarte disse...

Belas memorias campestres..
bjs e bfs

Mar Arável disse...

Memórias vivas

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

memórias que o tempo não apaga....

boa semana.

:)

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, penso que as melhores memorias da infância, são as da inocência e a da liberdade.
O que escreve é sempre abrangente e belo.
AG
http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

Pérola disse...

A infância, esse tempo que dá vontade de visitar.

Beijinhos

Luma Rosa disse...

Oi, Ana!
Memórias como essas que nos sustentam por toda uma vida!
A.mei!!
Beijus,

Graça Pires disse...

Memórias da infância. Da inocência. Dos sabores e aromas... Tudo num soneto muito belo, Ana.
Um beijo.

vieira calado disse...

Ah, as nossas memórias de infância!
Beijinhos!