Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Laurêncio




Elly Mackay


Talvez haja no frio algum silêncio
E a impoluta voz da consciência.
Talvez haja a rebelião dos dias
E praças de multidões macias...
A vaga solidão, a dor, a resiliência,
Na inconjunta maré das agonias,
E a vida breve de um laurêncio
Metálico e ínfimo na resistência.

E na noite tecem-se as magias,
Iluminando novas cartografias.

Ana




17 comentários:

Olinda Melo disse...


Irradiando saber e sensibilidade nestas belas linhas, querida Ana. Que o silêncio seja de ouro, preparando momentos refulgentes de grandes voos.

Bom fim de semana.

Beijinhos

Olinda

Edum@nes disse...

Há tantas voz de consciência,
cuja arrogância as não quer ouvir
por falta de inteligência
a nossa Nação estão a destruir!

Já não sei não como se fazer,
só talvez, com uma rebelião
se possa evitar que a corrupção
toda esta Nação a retalhos vender!

Bom fim de semana amiga Ana, um abraço.
Eduardo.

Mar Arável disse...

Bela partilha significante

Manuel Veiga disse...

que o silêncio seja o contraponto...

e as cartografias se desenhem no arrepio da pele...

beijo

Andradarte disse...

Não são assim tão breves...
Mais um profundo poema...
Um Bom Natal para si e
todos os seus...Boas Festas
Abraço

Rogério G.V. Pereira disse...

Ah se o poema
quebrasse o gelo
e os mapas
orientassem
iluminados caminhos...

Daniel C.da Silva disse...

Parece que há silêncios assim, amiga... desde que sejam pacificadores e sábios, pois então que venham esses silêncios :)

Beijo amigo

São disse...

Um bom poema, Ana!

Alegre quadra festiva em companhia dos teus, amiga :)

Olinda Melo disse...


Lamento a tua perda, minha amiga.
Compreendo muito melhor as tuas palavras.

Todo o meu carinho.

Bjs

Olinda

Fê blue bird disse...

Um sentir doloroso mas que não desiste.

beijinho amiga Ana

Graça Pires disse...

Há silêncios demasiado ruidosos. e "talvez haja a rebelião dos dias". Mas as cartografias iluminadas são magia a tecer-nos os dias.
Um beijo, Ana e desejos de um bom Natal.

Jorge disse...

Olá, ANA!
As cartografias desenhadas simbolizam os azimutes das nossas vidas maltratadas. As multidões, entrementes, permanecem... macias.
Um abraço,
Jorge

Existe Sempre Um Lugar disse...

Bom dia, quando o silencio é necessário para repor o equilíbrio, é bem-vindo,serve para clarear ideias e ganhar força interior.
Votos de umas boas férias
AG

Nilson Barcelli disse...

No frio, há quase sempre silêncio...
Excelente poema, gostei imenso.
FELIZ NATAL, querida amiga Ana.
Beijo.

Maria Luisa Adães disse...

Belo
O que sentiste
E escreveste!

Maria Luísa

Maria Luisa Adães disse...

Belo
O que sentiste
E escreveste!

Maria Luísa

AC disse...

Ana,
Quando a esperança embarca, quero fazer parte dessa viagem.
(Escreves tão bem, chiça!)

Um beijo :)