Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Abertura

Mar Egeu, José Alves

Transparência inquieta,
Alerta intranquilo...
Que o Mediterrâneo desperta,
Do húmus infecundo,
Mitos e lendas de azul imundo!
E aqueles que dormem
Emergem, ainda, do sonho profundo.

Ana



14 comentários:

Edum@nes disse...

Aqueles que fogem ao terror para onde vão,
quando ao destino não chegam ficam no fundo
contra a arrogância daqueles que o não são
é de todos e não um só homem é dono do mundo!

Tenha uma boa tarde amiga Ana, um abraço.
Eduardo.

Mar Arável disse...

Um dia vão aprender

que o mar fala por gestos

Bj

Rogério G.V. Pereira disse...

"Transparência inquieta"
dizes tu, poeta

"Um dia vão aprender"
vem o Mar dizer

Que despertem, digo eu

Majo disse...

~~~
~ Quantos
heróis lá ficaram para a eternidade!

~ Em várias épocas - dramas sem fim...

~ Pertinente lembrança
expressa num engenhoso e nobre poema.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

~~~ Abraço amigo. ~~~
.

Graça Pires disse...

Um "alerta intranquilo" este teu poema. O Mediterrâneo feito morada dos que fogem da morte e a encontram nas águas...
Um beijo, Ana.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

curto e intenso.
extraordinariamente actual e pertinente.
beijo
:(

Fê blue bird disse...

Como sempre minha amiga os teus poemas tocam-me fundo.
Que mundo é este ?

Um beijinho

Unknown disse...

Olá, Ana.
Tão pequeno e tão grande. Imenso. Enorme angústia que alberga este poema, das águas de "transparência inquieta".
Mundo, mundo! Mundo de dores, é esse o nosso mundo.

bj amg

CÉU disse...

Olá, minha querida alentejanita (não existe este diminutivo. Passa a existir, agora) Ana!

Como tens passado? Aqui, tudo satisfatório e bem lá para longe o cinzento de que falaste no comentário k deixaste no meu blogue, assim como dizemos, pedimos a Santa Bárbara k leve pra bem longe os relâmpagos e trovões.

A tua prosa poética/poesia é tua e está tudo dito. É uma dura realidade, aquela de k falas, mas não penses k a consciência dos "poderosos" está tranquila, a menos que sejam irracionais e anormais.

Sabes, minha linda Ana, esses, os "grandes", mas minúsculos de coração, são iguais a nós: comem, bebem, têm desejos, raivas, prantos, tormentas, mas têm outras formas, absurdas e irreais, de as satisfazer, ou melhor, de as colocar debaixo do "tapete". Não gostaria de estar na pele deles, pke Deus escreve direito por linhas tortas e o castigo será esmagador e sem retorno.

DEUS É PAI E É AMOR, MAS TAL COMO QUALQUER PAI, TAMBÉM SABE CASTIGAR OS SEUS FILHOS.
Um lindo dia e amoroso fim de semana.

Beijos e abraços com mto ♥

Manuel Veiga disse...

os deuses e os mitos dormem no remanso da História.

que os homens acordem. é a sua vez!
e a Hora.

belo. e profundo, sempre.

beijo

. intemporal . disse...

.

.

"Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte."

.

. e há palavras d.estas . aqui . :) . nesta Sua página atenta .

.

. um beijo meu .

.

.

Isa Lisboa disse...

O mar é transparente, assim como a terra, mas os homens não vêm o que eles lhes dizem...

Abraço, Ana, boa semana!

AC disse...

Amálgama de mil sonhos, mil desalentos, em perpétua reconstrução...
Sempre tão bem, Ana!

Um beijinho :)

Jaime Portela disse...

Uma estrada da morte...
Excelente poema, minha amiga, parabéns pelo talento poético.
Ana, tenha uma boa semana.
Saudações poéticas.