Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

terça-feira, 19 de abril de 2016

Pássaros diurnos

Dürer, Paisagem

Há, depois, este brilho
Feito trilho na alvorada.
Abruptos silêncios despertam
Sobre a erva orvalhada...
Onde se escrevem, se libertam,
Pássaros diurnos, em rastilho
Da fraternidade incendiada!

Ana


7 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Voemos
antes que a noite se abata
sobre as nossas asas

voemos até ser dia

Majo disse...

~~~
Como urge à humanidade,

a «fraternidade incendiada»

que os Poetas tanto reivindicam!

~~~ Beijinhos, Ana. ~~~

Edum@nes disse...

Que não haja depois desse brilho,
na terra, só a cinza da lenha queimada
outrora, o camponês, chovesse ou fizesse frio
no campo começava a labuta de madrugada!

Uma boa tarde desejo para você amiga Ana, um braço,
Eduardo.

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Só consigo dizer: Lindo. Muito lindo.
Beijinhos de muita amizade.

Unknown disse...

Olá, Ana.
Lindo e forte.
Que assim seja ;)
bj amg

Jaime Portela disse...

Fraternidade... por onde andas que não te vejo...?
Excelente, como sempre.
Também gostei da paisagem que escolheste.
Bom domingo, querida amiga Ana.
Beijo.

Graça Pires disse...

Neste lugar onde tantas vezes nos sentimos exilados só os pássaros em rastilho podem incendiar todas as madrugadas fraternas. Um belo e sentido poema, Ana.
Um beijo.