Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Futuro

Almeida Júnior 


A sala está quente,
Ardem os olhos
Cansados de ler...
A sala está quente,
Fervem na mente,
cansados a ler.

A sala ardente,
Cansada de ser
Indolente!
O teste cresce...
A mente amanhece.
Alunos a ser!
Cansados de ver.

L. está doente,
Mas o teste floresce,
Apta a ser.
Alunos a ler
Quebram o muro:
Futuro!


Ana

7 comentários:

Mar Arável disse...

Vale a pena quebrar o gelo
numa sala aquecida
mesmo que os olhos nos doam

Rogério G.V. Pereira disse...

Teu poema
tem música
dentro

lendo-o

Maria João Brito de Sousa disse...

Bom futuro, Ana.

Edum@nes disse...

Muros são obstáculos. Que impedem a livre passagem aos que em busca da liberdade e, melhores de vida, tentam fugir da fome e da tirania dos ditadores. Já as pontes são livres passagens que nos permitem, em liberdade, passar para a outra margem!

Bom fim de semana amiga Ana.
Beijinho.

Edum@nes disse...

Corrijo: condições!

Manuel Veiga disse...

...entretanto, talvez uma brisa furtiva agite o calor da sala
e desordene por momentos a mente que amanhece.

beijo

Victor Barão disse...

Entre o titulo e o, coincidente, final do poema "Futuro", acima, existem de factos muitos muros essencialmente mentais, culturais, sociais, por si só existenciais ou mais sublimemente espirituais e em última análise físicos a cair. Que de facto cairão de uma forma ou doutra, nem que seja derrotados pelo próprio implacável decorrer e evoluir do tempo, agora se quando e como caírem, será para melhor ou para pior...!?
Em suma e sem que tão pouco cada um de nós baixe positivamente os "braços", fiquemos então e em última instância com a fé e a esperança: _ "...Alunos a ler, quebram o muro:..."
Parabéns e obrigado pela partilha
Bom resto de Domingo e boa semana
Beijo
VB