Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

domingo, 13 de dezembro de 2020

Impúdica

 

Alentejo, António Neves


Às vezes uma neblina líquida

envolve a memória de outras eras

e um silêncio súbito vai crescendo

no murmurar do musgo que encerras


Às vezes uma irrequieta nuvem

recorta a terra fresca e impúdica

e um silêncio súbito em crescendo

torna-se o secreto sinal e doce númen


Ana

11 comentários:

chica disse...

Uma doce nuvem que envolve o lugar e aviva saudades...Linda aquarela e poema! beijos,ótima semana,chica

Graça Pires disse...

Às vezes o Alentejo converte-se em palavras expressas num poema muito belo. E ficamos com vontade de ficar perdidos na planície onde o nosso eco só se escuta no coração.
Continua a cuidar-te bem, minha Amiga Ana.
Uma boa semana.
Um beijo.

Mar Arável disse...

Às vezes o Alentejo desperta de mãos dadas
para dar guarida ao sonho
Bj

Janita disse...

Por muito que se cante e homenageie, a terra alentejana e as suas planícies a perder de vista, nunca será demais. Gostei muito da pintura a que o bonito poema da Ana deu voz e sentimento.

Um beijinho amigo!
Boa semana.

João Santana Pinto disse...

É tão fácil apaziguar a alma com as tuas escolhas perfeitas. Tu pintas pela escrita e passado este tempo todo, apercebo-me que nada mudou. Tu escreves e eu fico deslumbrado.
Um beijinho para ti, espero que estejas bem e que o Alentejo seja sempre fonte de algo tão belo.

Daniela Silva disse...

Tão belas palavras :)

AC disse...

Para ler e fruir, de-mo-ra-da-men-te. Mais palavras só estragam.
É um enorme prazer ler-te, Ana.

Um beijinho :)

Rogério G.V. Pereira disse...

Às vezes, tudo isso
Mas sempre, é um prazer ler-te

(essa aguarela
merece tão sentido poema)

Majo Dutra disse...

Parabéns pelo harmonioso poema em que brilham belas e singulares imagens poéticas!

Boas férias, querida Ana. Abraço afetuoso. Beijinhos
~~~~~

Mariazita disse...

Hoje, para além de vir apresentar os meus votos de BOAS FESTAS e FELIZ NATAL, venho também convidar-te para visitares o meu blogue
A CASA DA MARIQUINHAS no próximo dia 20, pois gostaria de partilhar contigo uma postagem extraordinária.
Desde já agradeço a tua presença.
Bem hajas!
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

Manuel Veiga disse...

"E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos, E por vezes..."

nada mais adequado que D.M-Fereira para comentar
teu belo poema

beijo