Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sábado, 13 de março de 2021

É tecido

 

Rising Sun on the Plaza , Giorgio de Chirico, 1976, WikiArt


O silêncio é tecido

de finos fios e labor

de dias

O silêncio é tecido

de rotinas e de amor

nos dias


Não te iludas nesta luz

incandescente e quente

dos dias

Não te iludas nesta luz

Algures espreita o censor

dos dias


Ana


21 comentários:

alfacinha disse...

Poema lindo e engraçados
Um bom fim da semana

chica disse...

Pintura e poema lindos,Ana! Ótimo fim de semana,beijos, chica

Elvira Carvalho disse...

Um belo poema Ana.
Adorei
Abraço, saúde e bom fim de semana

Rogério G.V. Pereira disse...

Registo
teu aviso
e procuro
refugio
na penumbra
do meu grito
que não rompe o silêncio

Até que o sol nasça para todos!

J.P. Alexander disse...

Lindo poema te mando un beso

Maria João Brito de Sousa disse...

Gosto muito de alguns trabalhos do De Chirico!

O silêncio é tudo isso, Ana, e eu conheço demasiado bem "o censor dos dias". Por isso o vou iludindo com as minhas teias tecidas de silêncios... a luz é sempre nossa.

Beijo!

AC disse...

Um silêncio que não depende só de nós, mas das circunstâncias. A autora é sábia.

Um beijinho, Ana :)

Fê blue bird disse...

Ana
Um silêncio imposto e tecido dia a dia.
O censor dos dias não nos pode roubar essa luz, não pode!


Um beijinho

Tanza Erlambang disse...

wise words.... love silence sometimes...

have a great day

Graça Pires disse...

Não há silêncios que não contenham gritos. Não há luz que não tenha sombras. O teu poema, Ana é muito inspirador. Gostei imenso.
Cuida-te bem.
Uma boa semana.
Um beijo.

Majo Dutra disse...

De facto, Ana, esta luz belíssima do nosso país não é capaz
de afugentar o terrível censor...
Não nos iludamos, todo o cuidado é pouco!
E continuemos a tecer o silêncio com finos fios...

Gostei muito do seu poema, Ana.
Boa semana. Beijinhos
~~~~~

Luiz Gomes disse...

Oi Ana, seu texto é muito atual,as nessa pandemia.vezes ficamos em silêncio para não corremos riscos nessa pandemia.

Janita disse...

Nem sempre temos silêncio quando o desejamos, mas aqui, foi ouro sobre o azul dos dias.

Muito belo, Ana.

Um beijinho e boa semana.

Olinda Melo disse...


Censor que pode surgir de onde menos se espera.
Todo o cuidado é pouco, na verdade.

Bela a tua escrita, querida Ana.

Beijos
Olinda

São disse...

Belo e lúcido poema, minha querida!

Forte abraço e cuida-te, sim ?

Beatriz Bragança disse...

Querida Ana
Um poema que revela muita sensibilidade! Li e reli!
Obrigada pela sua presença no meu blog.
Beijinho
Beatriz

Fá menor disse...

Bem verdade!
Gostei muito.

O silêncio tem tanto que se lhe diga!
É tecido, é cerzido
é vertido
no prato do dia-a-dia
e tantas vezes mordido...

Beijinhos.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Palavras simples... mas cheias de sensibilidade.
Gostei.
Beijo, fique bem com muita paz e saúde.
:)

Jaime Portela disse...

De mil e uma formas se pode tecer o silêncio...
Excelente, gostei imenso deste poema.
Bom fim de semana, querida amiga Ana.
Beijo.

Manuel Veiga disse...

há silêncios assim densos
tão densos, que são "sufoco"

e poemas que são grito inconformado
tão inconformado que subvertem todos os silêncios

gostei muito Ana
beijo

Manuel Veiga disse...

nada é perfeito
na invenção dos dias..

muito belo, Ana

beijos