Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

quinta-feira, 3 de março de 2022

Humanidade

 


DMITRI DANISH, pintor ucraniano


Cósmicos seres

Inflados de vida

Necrófagos seres

Sonegados à vida


Inferno sem cor

Apagados os dias

Nos passos caninos

Vorazes de fome


Que a fúria de Ares

Na cadeia da Vida

Se perca nos ares

Dos cósmicos seres


Que o ventre universal

Vos alimente de Paz

Sem a taça letal

Onde o veneno se traz



Ana



16 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Vendo a mão
segurando a espátula
Vendo a tela
e ao lado dela
o pincel
deixei o carro
ali
mal estacionado
para ficar no quadro

Gosto de figurar
em tudo que retrate
a humanidade

Elvira Carvalho disse...

Que assim seja , amiga. Que assim seja.
Abraço, e saúde

chica disse...

Lindo poema e que venha a PAZ desejada! beijos, chica

Maria João Brito de Sousa disse...

Excelente poema, Ana!

Que a fúria de Ares se autoconsuma qual Ouroboros.

Um beijo

João Santana Pinto disse...

A luz e a sombra do teu poema, acompanhada da homenagem a um pintor ucraniano, está plena de simbolismo.
Gostaria de fazer um aparte. É incrível como após todos estes anos, continuo a ficar deslumbrado com o que escreves e com a forma com que tudo apresentas.
Um beijinho para ti e bom fim de semana

Mariazita disse...

Excelente poema.
Perfeitamente actual, tocando nos pontos mais sensíveis.

Dias felizes para ti e para todos nós.

Bom Fim de Semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

Majo Dutra disse...

É tudo muito, muito triste...
Porque a paz possível será muito cruel e traumática, por ser desonrosa.
Gosto sempre dos seus poemas...
Bom fim de semana, Ana. Beijinhos
~~~~

J.P. Alexander disse...

Bello y reflexivo poema. Tienes tanta razón. Te mando un beso.

Vanessa Vieira disse...

Sublime poema, minha querida!
Precisamos trabalhar por um mundo melhor!


Beijinhos!

Jaime Portela disse...

Só damos valor à paz quando ela não existe...
Um poema excelente, gostei imenso.
Os meus aplausos.
Boa semana, querida amiga Ana.
Beijo.

Graça Pires disse...

Que o ventre universal alimente de paz a Humanidade, tão contraditória, tao injustamente desigual.
Uma boa semana com muita saúde, minha Amiga Ana.
Um beijo.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Um poema muito relaista.
Neste momento tudo é tão triste.
Tão trágico que nos remete a todos numa dor imensa.
Boa semana.
:(

Roselia Bezerra disse...

Que o ventre universal

Vos alimente de Paz

Boa tarde de paz, querida amiga Ana!
Venho agradecer seu carinho em nosso blog ENTRE NÓS.
Por aqui, ganhei de presente um lindo poema para me sensibilizar a tarde.
Que venha a Paz à humanidade!
Tenha dias abençoados!
Beijinhos carinhosos e fraternos

Olinda Melo disse...

Querida Ana

Sempre reflexivas as tuas palavras.
Oportuno poema dos dias que passam com esta guerra insana que atormenta
milhões de pessoas que só precisam
de Paz.
Beijinhos
Olinda

São disse...

Um belo poema sobre a tristeza da guerra ...

Minha querida, grande abraço e que o Dia da Mulher te tenha sido bem vivido

Manuel Veiga disse...

muito bem! gostei imenso

beujo