sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Franco, o galego

Caminha, José Alves - 2018

Caminha...assim, suspensa nos dias da nossa memória. A luz irreal de uma manhã tão quente quanto a nossa paixão. 



Foz do rio Minho, José Alves - 2018

Luminosa e atenta claridade descendo até à foz. Santa Tecla contemplando o português que se agita e curva sobre o barco frágil...


Foz do rio Minho, José Alves - 2018

Já não se houve o som dos tiros. Mostraste-me, por vezes, as paredes fronteiriças de Guarda, a galega vila defronte, com as marcas das rajadas de execução. Lembravam-se, ainda, desse grito assassino sob comando de Franco, o galego. 

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Ainda se erguem as vozes do Caudillo e, perante o seu túmulo, às crianças se ensina a tenebrosa saudação. 

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Vale dos Caídos, RTP


E ainda há quem me questione se considero relevante a obra de Saramago que, agora, lecciono ao 12.º ano - O Ano da Morte de Ricardo Reis! Esse fatídico 1936... Desculpem lá, colegas! Somos professores.  O que queremos, nós, ensinar às nossas crianças?


Ana


8 comentários:

  1. Enquanto pai e avô,
    querida amiga
    nunca me demiti da missão
    de passar a outra geração
    as coisas importantes da vida

    um professor nunca está só


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  2. A obra de Saramago é mesmo relevante.
    Mas há quem, como Cavaco Silva, não a ache...
    Caminha foi a tábua de salvação para muita gente espanhola, refugiados de Franco.
    Excelente post, nunca é demais recordar tristes acontecimentos para que não se repitam.
    Ana, um bom fim de semana.
    Beijo.

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  3. Sempre preocupada com o que interessa, Ana. Claro que ler "O ano da morte de Ricardo Reis" é muito importante porque é uma forma de informar os alunos do que se passou na guerra civil espanhola. Além disso o livro é lindíssimo…
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  4. A História pesa, bem o sei...meu caro.

    Gosto particularmente da 7) e orgulho-me disso!

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  5. excelente texto.
    se não for a Escola, quem será?

    afligem estes tempos do efémero e do culto do vazio...

    beijo, amiga

    espero que continues a distinguir-me com tua presença e comentários no meu blog

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  6. Então, caminhaste por Caminha e foste trazendo à nossa memória aspetos negros da História.
    Beijos, Ana!

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  7. O Saramago é a consiência portuguesa
    abraços

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