sexta-feira, 11 de março de 2011

Pelo Japão


Hiroshige Utagawa



Crisântemo branco -
nem um só grão de poeira
a vista descobre

Outono já frio;
eu penso no meu vizinho -
como viverá?

No meio da planície
uma cotovia canta,
liberta de tudo.

A primeira neve:
tal basta para dobrar
as folhas dos lírios. 


MATSUO BASHÔ, poeta japonês



Hiroshige Utagawa

 

 «O homem perfeito usa a sua mente como um espelho. Ela nada aprisiona e nada recusa. Recebe mas não conserva.»       (Soshi)

 




9 comentários:

  1. Não há coração que não esteja apertado
    com toda esta desgraça...Se tudo se passa-se noutro País que não o Japão...
    que proporções não teria então tomado...
    ...mas ainda vai a meio....
    Beijo

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  2. Apesar da violência registada, o Japão está a resistir bastante bem.
    O poema que escolheste é belíssimo. Não conhecia o poeta.
    Querida amiga Ana, desejo-te um bom Domingo e uma boa semana.
    Beijos.

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  3. Quando vemos estas desgraças, sempre pensamos...podería de ser eu... e só entäo somos concientes do tempo que perdemos ao vivier, gastado en coisas sem importança, sem futuro sem proveito.

    Espero que este povo trabalhador seja capaz de renacer como o Ave Fênix.
    Um beijinho

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  4. Olá Ana, grande tragédia...gostei do poema....
    Cumprimentos

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  5. Ana, a referência ao Bashô para não esquecer a sublime poesia que o povo Japonês é capaz de produzir. Escolheste um belíssimo haiku.

    bjs.

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  6. Minha boa amiga

    Quanta sensibilidade em sua postagem!
    Trouxe beleza em palavras e imagens para espantar as tantas outras que insistem em nos assombrar...
    Temos vivido intensamente nesses tempos de globalização. Ver o momento real dói muito... Fazemos parte da história como testemunhas impotentes em nossas casas...
    Fica bem, minha querida!
    Beijos

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  7. Uma tragédia, aquela que vitimou o Japão.
    Bjs, Ana

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  8. Belíssimas postagens aqui, Ana, que maravilha, poemas e fotos que me encantam, minha amiga. Parabéns também pela beleza e sensibilidade do blog. Bjinhos.

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