quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Jorge Luís Borges - reler



Creta/José Alves



O labirinto


«Este é o labirinto de Creta. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos naquela manhã e continuamos perdidos no tempo, esse outro labirinto.»

(Atlas - tradução de Miguel Angel Paladino)



Minotauro/Museu de Heraklion
José Alves



Voltarei sempre: ao coração do Mediterrâneo e à leitura de Jorge Luís Borges - fazem parte da minha construção do mundo.


7 comentários:

  1. Borgen, um cego que näo precisava ver para olhar dentro...
    Beijinhos

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  2. O tempo, labirinto sem outra saída sem ser a mais conhecida: o tormento do fim do tempo

    (imagino que não era isto que me era dado estar a pensar, mas foi em tal que eu pensei vagueando no labirinto do tempo...)

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  3. ANA


    Tenho livro novo...

    O Meu livro o meu amor...
    deixo para ti com carinho


    ....
    Um livro é sempre um passo em frente na nossa vida.
    Este meu livro tem um sabor especial.
    é o meu mimo às crianças que diariamente comigo estiveram e estão nas escolas por onde passo.
    Coloquei nos contos, um encantamento especial espero que entre no vosso coração.

    Um beijo

    Cidalialaranjo@yahoo.com.br(9.90)

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  4. Bom dia, Ana

    Estive aqui ontem à noite a escrever um comentário e no momento de o submeter o meu portátil teve um 'desmaio'...fiquei sem saber se teria seguido ou não. :)

    Dizia que nunca me tinha ocorrido pensar no 'tempo' como um labirinto...'continuamos perdidos no tempo, esse outro labirinto', e vejo que Borges tem razão. Por vezes misturamos tudo e as marcas temporais que inventámos, passado, presente e futuro, não nos servem para nada.

    Encanta-me essa paixão pelo Mediterrâneo e, confesso, aquela região exerce em mim uma espécie de fascínio.

    Beijo

    Olinda

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  5. Também eu volto sempre ao labirinto.

    Quando saio dele, sinto-lhe a falta.

    Beijo

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  6. É onde me consigo encontrar....é
    permanecendo no labirinto...
    Beijo

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