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| Alentejo - José Alves |
Os dias têm agora um ritmo de explosão silenciosa e alongam-se até ao serão. Pássaros agitam asas no ar morno e há um rumor que se aquieta no íntimo desespero. O labor é difícil e o alimento aligeira-se. Lassos, os corpos resistem como podem e encharcam-se de água morna - tisnam-se e emagrecem.
Os rostos já não contemplam a Primavera e sabem, agora, da ilusão colorida da terra infrutífera. A débil aragem destruirá suas pétalas e todo o efémero se converterá em pó.
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| Alentejo - José Alves |
Herdeiros que somos dos ecos de outrora, viajaremos na quietude escaldante do suão. Franziremos o rosto, sentiremos o peso e o cansaço, caminharemos ainda, mal o sol se ponha incendiando a planura.
Um dia, os rostos cansados sorrirão...
Ana
Um dia perderemos o sentido do cansaço... e o suão será um mero afago
ResponderEliminarAna,
ResponderEliminarOs instáveis dias que vivemos
tão bem retratados!
Sim,
só os "ecos de outrora"
alimentam
a Fé inabalável
no Futuro.
Bom Domingo
Um abraço
Eis que chega, em toda a sua plenitude, o verão, depois de ter perdido a sua timidez. Tempo em que o ardente sol alentejano, nos aconselha uma sombra e a companhia do silêncio.
ResponderEliminarBeijo amigo,
J
"Os rostos já não contemplam a Primavera e sabem, agora, da ilusão colorida da terra infrutífera. A débil aragem destruirá suas pétalas e todo o efémero se converterá em pó."
ResponderEliminarminha querida Ana, a sua escrita é-me tão preciosa. dizer deste modo que sublinho, a efemeridade de nós, como papoilas vivas na campina, é, sem dúvida algo de belo, verdadeiro, e verdadeiramente poético.
um beijinho Ana. um excelente fim de dia e uma semana o melhor possível
Mel
Algum dia, os injustiçados e os esquecidos erguerão o rosto e o seu riso iluminará a TErra.
ResponderEliminarBons sonhos, Aninhas
Aguardo ansiosamente esse dia minha amiga.
ResponderEliminarbeijinho
Fê
A terminar, uma mensagem de esperança.
ResponderEliminarAdmiro muito o seu positivismo, Ana, além de outras qualidades(muitas)que possui.
Bj
V