sábado, 1 de fevereiro de 2014

Horas contínuas

José Alves, Alto Alentejo

Perdi-me no frio que o vento carrega. Horas contínuas de trabalho inglório. Caminhei por aí, carregando essa nuvem pesada sobre ombros que se recusam a vergar. Que geração é a minha? Não sei nem mo digas! Eu vim de um tempo ab imo pectore, nunca um cisma qualquer me há-de atingir. 
Sou de um género nunca frágil que resiste e persevera. A distância e o tempo sempre se flectiram e sei-o há muito. A geada não me mata e o vento que vem do norte é, tão só, um visitante passageiro. 
Só os amigos suspeitam destas ausências e sabem que o meu lugar vazio é sinónimo perene da escravatura ignóbil a que estou sujeita. Sabem, porém,  que voltarei e que a Primavera já rumina...

Ana

15 comentários:

  1. Pois é, minha querida amiga, a escravatura que tenta limitar-te mas a que sempre soubeste e saberás reagir como ninguém. Beijinho

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  2. A Primavera já rumina,
    Quem se deita sem ceia
    Na tarimba,toda a noite não sossega
    Nuvem passageira cinzenta
    O vento frio carrega!

    Com estas quadras cheguei aqui,
    Para bom fim de semana lhe desejar
    Amiga Ana Tapadas, com carinho, escrevi
    Para você, estas simples palavras a rimar!

    À nossa amizade,
    Mesmo sendo virtual.
    À sua continuidade
    Verdadeira especial.

    Boa noite, bons sonhos, um beijo
    Eduardo.

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  3. No pico mais alto de um sobreiro
    azinheira, chaparro
    te aguardo
    como um pássaro

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  4. Isso sim...é garra e confiança...
    Bom domingo
    Bjo

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  5. Por muito que o Inverno seja longo, sabemos que a Primavera sempre vem a seguir! E isso ajuda a passar pelo frio!
    Beijo, boa semana!

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  6. Ainda nos belos relâmpagos

    já vislumbro
    uma certa desordem de cores nos jardins

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  7. Uma reflexão necessária. O trabalho, ou falta ou escraviza. Alguma coisa está errada nesta (des)organização.

    Beijinho
    Lídia

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  8. Uma reflexão necessária. O trabalho, ou falta ou escraviza. Alguma coisa está errada nesta (des)organização.

    Beijinho
    Lídia

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  9. Olá Ana!
    Quem aguenta uma nortada [pessoas moldadas na dureza da vida], com certeza é mulher esforçada, resiste e não teme mais nada; ainda mais pressentindo que a radiosa Primavera se avizinha.
    Um beijo
    Jorge

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  10. Aninhas, pelo que consigo saber de ti, não me parece que te vergues a nenhuma escravatura!

    Beijinhos.

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  11. Esta é e será sempre a tua força minha amiga.
    Tal como esse passarinho que resiste a um inverno rigoroso e triste.

    beijinho e boa semana




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  12. "Difficile est tacere, cum doleas..."

    ... e no entanto pressentem-se já os clamores da Primavera.

    (enfim, quero acreditar)

    beijo

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  13. Querida Aninha
    É assim mesmo!
    Que essa Primavera venha rápida e esplêndida.
    Beijinhos.
    Isabel

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