sábado, 20 de fevereiro de 2016

Indigências...







Umberto Eco partiu e, na minha caminhada absorta, aquilo que mais estranheza me causou foi o facto de ele já ter completado oitenta e quatro anos - Tempus fugit. Quem fez o meu percurso, conhece-o especialmente pela sua proposta teórica de 1976 a propósito da teoria do signo e da Semiótica. A sua definição é fascinante, até hoje: estuda tudo quanto possa ser usado para mentir




Assoberbada pelo trabalho, ausente do blogue e da vida em geral, entregue aos outros, mais frágeis e velhos, até à exaustão...aborrece-me esta comunicação social leviana e fútil que parece não saber olhar e fala assim do mestre do OLHAR! Reduzido ao romance O Nome da Rosa ou encaminhado para o filme que se aproveitou do livro escrito, Eco parte da imprensa portuguesa. Indigência daquilo em que nos tornámos. 

Ninguém é obrigado a conhecer a obra do professor e ensaísta, mas o jornalismo tem o dever de informar para lá da superfície. Suspeito que alguns jornalistas nem leram o romance que citam...



7 comentários:

  1. "os jornais não estão feitos para difundir, mas para encobrir notícias"

    Umberto Eco, in "Número Zero"

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  2. "koltura" de Wikipédia...
    e já não e mau! rss

    beijo

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  3. ....acredito no que diz, em respeito a jornalistas....
    Neste assunto estou fora,mas outros há que confirmo...
    Boa semana
    Beijo

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  4. O jornalismo português, minha amiga, deixou de existir!

    Pensar dá muito trabalho e a cultura não interessa a muita gente...

    Abraço, Ana, e feliz semana - esperando que possas regressar em breve ao blogue

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  5. Tens razão, Ana. O jornalismo que temos só valoriza aquilo que não tem interesse nenhum...
    Um beijo.

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  6. Mas ainda temos jornalismo?
    A Humanidade perdeu um Coração e um Cérebro.
    Beijos e boa semana.

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  7. Amiga Ana, espero que encontres sempre essa força dentro de ti para denunciar o denunciável.
    E que continues com coragem para cuidar os que precisam de ti.
    Um beijinho amigo

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