Fonte: https://www.abrilabril.pt
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
1977. Sophia de Mello Breyner Andresen, O Nome das Coisas,
Moraes Editores
Com Raiva e Fúria
ResponderEliminarmas também
com a persistente calma
de quem assumiu a missão
de passar a palavra
Bello poema para pensar. Los politicos en especial los politicos corruptos. Te mando un beso
ResponderEliminarHá muito que não lia este poema de Sophia de Melo Andresen.
ResponderEliminarA poeta da paz sem vencedores nem vencidos, não era muito dada a escessos, mas o tema que tanto a incomodou é sempre atual, infelizmente.
Grata por o trazer à luz.
Boa semana, querida amiga. Beijinhos
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De todos os belíssimos poemas de Sophia, este é o meu favorito.
ResponderEliminarForte abraço, Ana!
Sophia maravilhosa em mais essa poesia! Linda! Faz pensar...Quantas vezes assim estamos... beijos, chica
ResponderEliminarQuis dizer que a Poeta ''não era muito dada a excessos''
ResponderEliminarLamento a falha ortográfica. Beijinho
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Amiga Ana,
ResponderEliminarNão podias ter escolhido melhor grito !
Um beijinho solidário.
forceful words to "demagogue"....
ResponderEliminarHave a wonderful spring
Excelente maneira de comemorar a nossa libertação!
ResponderEliminarBeijinho, Ana, bom resto de semana.
VIVA ABRIL!!
Os ditadores são exímios no uso manipulador das palavras.
ResponderEliminarEste poema da Sophia é brilhante. Como quase tudo o que ela escreveu.
Bom fim de semana, amiga Ana.
Beijo.
Boa tarde 😘🌸 tudo lindo ❤️
ResponderEliminarEsses caras fazem o que querem
ResponderEliminarcom as palavras. Cruz credo!
Beijos e beijos, muitos.
Ana,
ResponderEliminar“Libertas quæ sera tamen!” (“Liberdade ainda que tardia!”), é a tradução mais exata de liberdade (aqui no “Brasil”), pois, antes tarde do que nunca.
O clamar pela liberdade é pedra fundamental de uma sociedade conscientemente livre e nós, brasileiros e portugueses tão bem sabemos disso.
Beijos e cuide-se bem!!!
ResponderEliminarInfelizmente, verifica-se que a manipulação
das palavras faz-se em qualquer tempo,
mesmo depois de conhecida a palavra
"Liberdade".
Belo Poema de Sophia. Um grito de revolta.
Querida Ana, desejo-te um bom fim de semana.
Beijo
Olinda
Um escolha perfeita a assinalar o 25 de Abril.
ResponderEliminarGostei de ler.
Feliz dia da mãe e domingo cheio de saúde e paz.
Obrigada pela visita.
Beijinhos
:)
Sophia sempre a dizer o que era certo, como neste poema, que é um grito, uma revolta, na verdadeira "inteireza da palavra" que só ela sabia.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Feliz dia das Mães. com muita paz e saúde.
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