Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

domingo, 21 de dezembro de 2014

Boas Festas, meus amigos !

A. Dürer

Obrigada, Isabella Kramer !

Isabella Kramer

A minha amiga Isabella é alemã. Detentora de uma fineza artística invulgar, a um tempo poetisa e pintora. A suavidade do seu traço cromático alia-se à ligeireza fina com que usa a dura língua germânica. A sua fotografia capta detalhes e pormenores de rara beleza. 
Convido-vos a visitá-la:






quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Avaliação

Angela Oskar e Maria Bob

     Equilíbrios difíceis e trabalho até ao limite apenas interrompido por escassas horas de sono. É assim, ano após ano, neste tempo de Dezembro. Outros encherão centros comerciais e outros templos. Eu habitarei a ruína dos frios dias, as memórias de musgo húmido e teias de aranha, discretas, brilhando no orvalho das manhãs mágicas. Sei, ainda, os lugares. Escuto, ainda, os feéricos chocalhos de rebanhos que, na distância plana, se alimentam dos sonhos de meninos incautos. A avó não partira na lonjura dos tempos, naquele início de Dezembro e a tia, há duas semanas, estava. Agora, todos parecem querer partir. Todos insistem na ausência que a recordação habita e reconforta com os cheiros e as vozes da meninice. 
     Em Dezembro, fui mulher e mãe e essa alegria plena ninguém poderá afugentar. 

Ana

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Laurêncio




Elly Mackay


Talvez haja no frio algum silêncio
E a impoluta voz da consciência.
Talvez haja a rebelião dos dias
E praças de multidões macias...
A vaga solidão, a dor, a resiliência,
Na inconjunta maré das agonias,
E a vida breve de um laurêncio
Metálico e ínfimo na resistência.

E na noite tecem-se as magias,
Iluminando novas cartografias.

Ana




quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Errante

Georges Seurat



Há-de o homem seguir adiante
Ainda que no seu rasto
Se desfaça um carreiro
Errante
Caminhará sobre plumas
Na clara metamorfose dos dias
Sem leme nem lastro

Errante o homem caminhará
Levantando manhãs claras
Erguerá seu rosto e seu posto
Errante
Ditará sua honesta pluma
O caminho sereno e raro
Do justo e  humano mastro


Ana



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Notícias do «protectorado» ... 1 de Dezembro de 2014




Nicolas Vadot






E se lêssemos a imprensa internacional...talvez fossemos impelidos a reler o Poeta.





Memória histórica






HINO DA RESTAURAÇÃO (1861)
«Portugueses celebremos
O dia da redenção,
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.
A fé dos campos de Ourique,
Coragem deu e valor,
Aos famosos de quarenta,
Que lutaram com ardor.
P'rá Frente ! P'rá Frente !
Repetir saberemos as proezas Portuguesas
Avante, Avante,
É voz que soará triunfal,
Vá avante mocidade de Portugal,
Vá avante mocidade de Portugal.»