cafetorah.com, Cavalos do Apocalipse
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Havia nos teus dedos
Harpas e credos e medos...
Religiosidades evidentes...
Cenários e hinos e destinos iguais,
Ecos, vozes conhecidas, barros confidenciais!
Murmúrios orgulhosos, preces negociadas,
Pedidos, súplicas, coisas térreas e desejadas...
Interrogo esse teu Deus nos antípodas de tudo:
Orgulhoso, privilegiado, cómodo e mudo!
Essa ilusão tremenda e castradora,
Juiz supremo de uma crença redentora!
Havia nos teus credos mitos e lendas,
Palavras cavernosas, dias marcados, prendas...
Amores venais, gestos de convenção, rituais,
Pompas subtis, mentiras colossais...
E do alto dos tempos circulares...
Sem grandes brados, sem grandes ares,
Alguém disse: «Olhai os lírios, olhai a flor!
Despi os mantos, rasgai os tempos, vivei Amor!»
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colorhome ,
lírio selvagem