Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

domingo, 11 de janeiro de 2009

Rosto Na Cidade



René Magritte, la Golconde, 1953
Eras o rosto pressentido
No amanhecer
Pluvioso e cinza...
Pressentia-te ali,
Sofregamente,
Absorvendo cada gota de emoção!
E tombava, insistente,
Sobre a tua solidão,
Aquele caudal sem nome:
A multidão...
Sentia-te crescer
Como vegeta a planta
No dourado outono
De uma galáxia distante.
Eras o coração embevecido
Nos traços caricaturais
Daquele betão disforme...
Onde a essência perdida
É tão somente aparência,
Tão simplesmente não - vida!


Ana

7 comentários:

ADRIANO NUNES disse...

Ana,

Imagens belas e intensas. Um drama poético!

"PERIGO"


É quase manhã.
Onde está você?


O meu coração
Pensa que não sabe
Apenas bater.




Abraços!
Adriano Nunes.

Anónimo disse...

Ana,

Lindo poema. Intenso!


***BABEL***


Éramos um emaranhado
De impulsos e todo universo
Parou: concreta construção
De sentimentos marginais.
Qual pecado nos salvaria?
Girávamos nus, sem amor,
Convulsos, confusos, alegres.


Beijos,
Cecile.

Anónimo disse...

ana:
obrigado pelo comentário no amálgama.
romério

Anónimo disse...

Passando pra deixar um oi e boa semana pra todos nós...

duarte disse...

somos sonhar d'universos
tão amplos que ver e ter
é sempre esperança...
mais um belo texto.
abraço do vale

ADRIANO NUNES disse...

Ana,

Passei aqui para recomendar a leitura da entrevista que fiz com o poeta/filósofo Antonio Cicero e que está postada em meu blog. Gostaria que também recomendasse aos amigos, pois as sábias palavras desse homem de rara beleza devem ser sempre lidas!


Abração!
Adriano Nunes.

w disse...

I love the picture...Magritte...rings a bell but not quite sure about who he was or about his work...I will google him later :)

I loved your poem though I couldn't understand some words but I usually understand the whole meaning.

Cheers,