Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

domingo, 5 de novembro de 2017

Muros

Andre Kohn

Talvez o silêncio destes dias claros. Talvez a criança só que te habita, ainda, e sabe que não poderá - nunca - chorar! Talvez esta colectiva viagem de regresso a lugares que julgávamos, há tanto, destruídos...

É este retrocesso dos passos que, incautos, acreditámos ter superado. Afinal, na agudeza deste sol, andámos em redor. 

Aqui estamos! Fragmentos que lutam. Falanges que despertam de casulos inauditos. Pragas que retornam. Líderes que bóiam na sua leveza sem profundidade. Gente que, fútil, tudo apaga na luz deste dia iluminado. 

Como falar-te do futuro? Como dizer-te que és tu o plano do futuro? 

És tu o meu labor de cada dia. Para ti levarei a serena palavra que esperas para poderes tecer um porvir melhor e justo.

Não desistas!

Ana. 

11 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Teu texto parece reza
Mesmo que o não seja
rezo

e não desisto!

São disse...

A criança não desiste se tiver para a guiar alguém com paixão pela sua profissão como tu és.

Abraço estreito e boa semana, minha querida :)

alfacinha disse...

Olá !São palavras lindas e um retrato maravilhoso
abraço

Graça Pires disse...

Não desistas, também, Ana. Apesar de tudo. Apesar de nada...
Gostei tanto do que escreveste.
Uma boa semana.
Um beijo.

Fá menor disse...

Quando palavras lindas assim iluminam os passos de alguém, não se pode desistir. O caminho fez-se para nele se caminhar. Então, 'bora lá!

Boa semana, amiga!

Bj

Mar Arável disse...

Quase tudo se conquista
Força
com um bj

Manuel Veiga disse...

pela pedagogia do exemplo.e dos afectos...
sem desistências.

luminosas as palavras - as tuas!

beijo

Existe Sempre Um Lugar disse...

Olá, Não desista de ensinar a não desistir dos objectivos, a sua missão é transmitir o conhecimento aqueles que caminham para o futuro, embora este seja abstrato, todos tem o direito estar preparados para o futuro desejado.
Continuação de boa semana,
AG

Olinda Melo disse...


Um belo texto, querida amiga.
Por vezes, vemo-nos em encru-
zilhadas tais que apontar
o caminho não é tarefa fácil.
Quando tudo parece não fazer
sentido, lá temos que derrubar
muros e inventar ferramentas
para isso.

Bem hajas!

Beijinhos

Olinda

Jaime Portela disse...

Nem sempre é fácil traçar e mostrar o futuro a quem faz (ou pensamos que faz) parte dele.
Magnífico texto, parabéns.
Bom fim de semana, amiga Ana.
Beijo.

Manuel Veiga disse...

não desistir, nunca!

essa a forma (fórmula?) de vencer o tempo - o nosso tempo!

gostei muito.
beijo