Já no declínio do Império Romano, naquilo a que gostamos de chamar Império Bizantino, o imperador irradiava o seu poder indiviso e designa-se por Autocrator – palavra de origem grega que significava a centralização de todas as tomadas de decisão se centralizarem num indivíduo. Nesta matriz de poder unipessoal e absoluto, a Igreja submete-se ao autocrata.
A queda de Constantinopla (Fonte: Conhecimento Científico) |
Quando o Império Bizantino caiu (1543) e, finalmente, acreditamos ter saído da Idade Média, outros impérios surgiram e novas idades médias se instalaram. A sedução do modelo autocrático de Bizâncio prolongou-se no tzarismo russo.
Síria (11 anos depois) |
As diversas formas de totalitarismos têm em comum esse olhar que vê nos povos a servidão medieval do seu senhor. Temos a obrigação ética de olhar em volta. Crescemos a ouvir falar das guerras, a olhar as guerras...como poderemos projectar o Futuro?
Somália |
Como poderemos reconstruir o ser humano que emerge dos escombros, da propaganda, da banalidade envernizada...em que nós mesmos nos afogamos?
Que herança deixaremos aos vindouros?
Iraque (13/3/2022) Um dos edifícios atingidos pelos mísseis iranianos AZAD LASHKARI/REUTERS |
Nota: um dia de 2019, subi aos Montes Golã. Disso aqui dei notícia.
10 comentários:
Nunca subi aos montes Golã, mas também trago em mim a condição do ser humano que sabe aquilo que a vida lhe tem ensinado, Ana.
Temíveis são os escombros e a "banalidade envernizada"!
Um beijo
Tristes os homens que se creem superiores, mais poderosos que os demais. Triste guerra essa de agora e todas as demais! beijos, chica
Todas as guerras são injustas e incompreensíveis.
Abraço e saúde
Reflexiva entrada la guerra es un mal que como dice la canción no debemos ser indiferentes y luchar por la paz y la igualdad. Te mando un beso.
A ganância ilimitada de uns quantos produz estes efeitos nefastos.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Minha querida amiga, a guerra é um monstro que devora tudo : vidas, bens, sonhos, ....
O teu texto é uma bela reflexão que subscrevo.
Dos meus 72 anos tenho guardada muita experiência, muita dor e muitissima compaixão por todas as vítimas .
Estreito abraço, Ana!
Excelente reflexão sobre a guerra...
Há sempre ódio e desejo de domínio, de subjugar ou aniquilar...
Putin é amigo pessoal dos líderes da igreja ortodoxa russa, partilham a sauna,
acepipes finos e grandes almoçaradas...
Creio que eles têm conseguido alguma contenção na ofensiva de Putin.
Por muito menos, os aliados invadiram o Iraque... A OTAN provocou e abandonou...
Nós estamos por um triz -- que não caia nenhuma bomba na Polónia!
Beijinhos
~~~
A devastação que começa e acaba, acaba e recomeça,
numa roda incessante que ameaça engolir a humanidade.
A História repete-se. Com os nossos avançados conhecimento,
tecnológicos, muita filosofia de vida, muita psicologia
aplicada, e vamos a ver não nos serve de nada ou quase nada...
Excelente este teu texto, querida Ana, muito bem ilustrado.
Beijinhos
Olinda
Autocracia mais loucura é o que acontece a Putin...
Excelente post, uma boa lição de História.
Continuação de boa semana, amiga Ana.
Um beijo.
O ser humano não tem aprendido nada ao longo dos tempos. Se pensarmos nos imensos conflitos que se propagam pelo mundo sem qualquer justificação, sem qualquer legitimidade, ficamos com a certeza que a guerra é "quase um vício" adquirido pela humanidade, onde não se respeita nada nem ninguém. É uma reflexão sobre a guerra, o que nos trazes aqui. Mas nenhuma justifica a outra, nem o que se está a passar na Ucrânia. A loucura dos homens não tem fim à vista.
Muita saúde.
Um bom fim de semana.
Um beijo.
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