Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

HIPATIA, A BIBLIOTECÁRIA

Hipatia de Alexandria
Bibliotecária da lendária Biblioteca de Alexandria (Rafael)

"Havia em Alexandria uma mulher chamada Hipátia, filha do filósofo Theon, que fez tantas realizações em literatura e ciência que ultrapassou todos os filósofos de seu tempo. Tendo progredido na escola de Platão e Plotino, ela explicava os princípios da filosofia a quem a ouvisse, e muitos vinham de longe receber seus ensinamentos."
A Vida de Hipátia
Sócrates, o Escolástico, História Eclesiástica
***
Era tão bela como sábia Hipatia de Alexandria. Sempre admirei esta figura feminina que caminhava, com passo firme pelos corredores reluzentes da sabedoria antiga, entre a Matemática e a Filosofia. Quando, na minha aldeia natal, ainda menina, lia furiosamente autores Antigos refugiada do sol flamejante da planície, imaginava-me a viver a vida dela. Alexandria ainda me fascina...
Hoje recordei Hipatia perante uma fútil conversa que ouvi, de relance, entre colegas...e conclui que é bem verdade que «Hay que passar por los infiernos de la vida para llegar a escuchar los números de la própria alma», como diria Maria Zambrano ( Delirio y Destino).

5 comentários:

ETERNA APAIXONADA disse...

*****

Momentos compartilhados que exalam ternura, vibração natural,idealismo,
vida!
Gosto de navegar e aportar-me aqui!

Hoje recebi essa poesia e adeixo com meu carinho:

O saber de ser Alentejano

Cantar quando choramos

Abraçar a terra enquanto caminhamos


Por campos sem fim papoilas vermelhas

Sargaços marfim entre as ribanceiras

Sempre altaneira a grande azinheira

Por debaixo a eira onde brilha o trigo

Ao longe em fileira se avista o montado

Onde o pastor se encosta ao cajado



E mais alem para aquela banda

Fica o ribeiro de água luzidia

Onde brilha o sol pelo meio-dia



Ergue-se a voz de quem comanda

É o manajeiro anunciando a janta

Arrastando os pés lá vai o rancho

Procurar a sombra faminto de esperança



Num repente uma voz entoa

Outras se lhe juntam numa só pessoa

E vão cantando sem que a voz lhes doa



Cantigas de amor de amargo sabor

Com amargo sabor à terra cavada

Com enchada de dor de alma cansada

Abraçar a terra enquanto cantamos

Fingir um sorriso enquanto choramos

(AD)

Lindo, não é mesmo? Pena não saber autoria...

Uma linda semana para todos!

Beijos


*****

tulipa disse...

Não há nada mais fascinante e cativante do que conhecer in loco novas culturas.
Assim o fiz mais uma vez.
Sou uma privilegiada, Deus tem sido meu Amigo por me proporcionar momentos tão magníficos.
Consegui realizar mais um sonho na minha vida.

Noutras áreas a coisa não corre muito bem, mas a Esperança é a última a morrer, continuo diariamente na luta por aquilo que quero, hei-de conseguir.

Boa semana.

Estou de regresso depois de 2 semanas de ausência.

Já comecei a postar algumas fotos no blog MOMENTOS PERFEITOS.

JUANAN URKIJO disse...

Tengo una amiga que tiene un blog muy interesante. Su nick es Hipatia de Alejandría y es también una admiradora de la bella bibliotecaria.
(http://hombrebicentenario.blogspot.com/)

Por cierto, Ana, me ha encantado la cita de María Zambrano. La copio.

Beijinhos!

Bípede Implume disse...

Uma das minhas ocupações em Moçambique, era,precisamente, trabalhar numa biblioteca. Entre outras coisas, fazia a classificação de livros científicos relacionados com Silvicultura. Portanto este post fez-me recordar com saudade esses tempos.
Beijinhos.

Hipatia disse...

Olá, Ana:
Como a tí, Dédalus me encaminó hacia aquí. Tiene gracia tu nombre, Rara Avis; en mi época de estudiante mis amigos me llamaban así.
Verás, elegí el nombre de Hipatia de Alejandría para mi blog porque me fascina la vida de esta mujer; su espíritu libre es una inspiración para mí, y su trágico final me parece todo un símbolo que todavía no ha caducado. Creo que los espíritus libres actuales sufren alguna forma de "tortura" proveniente del entorno inmediato en particular y del mundo en general.
El motivo de incluir el personaje en una nave espacial (la Enterprise) es más complicado de explicar; pero, como puedes imaginar, parte de la idea de involucrar un futuro soñado. De este modo reúno dos mentalidades: los ideales del mundo griego antiguo con los del mundo moderno que está por venir. Pienso que todavía no somos plenamente humanos, que estamos a mitad de camino en el proceso evolutivo y que todavía queda mucho trabajo por hacer... En fin, creo que me estoy extiendo demasiado.
Me alegro mucho de haber venido por aquí y de haberte conocido. Por cierto, he tenido una relación muy estrecha con Portugal, con Lisboa, en concreto. Por el Alentejo (pensaba que se escribía Alemtejo)estuve visitando un parque de la naturaleza que tenía animales sueltos, en semi-libertad. También recorrí unos maravillosos campos de olivos.
Ha sido un placer venir. Me parece que tienes un blog muy interesante y bello.Volveré.
Un saludo, desde la Enterprise.