Golpe e Revolução |
Eu não
posso senão ser
desta
terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e
sempre a verdade vença,
qual
será ser livre aqui,
não
hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
é quase
um crime viver.
Mas,
embora escondam tudo
e me
queiram cego e mudo,
não
hei-de morrer sem saber
qual a
cor da liberdade.
Jorge de Sena
Sophia de Mello Breyner Andresen
25 de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
4 comentários:
Aqui com Jorge Sena a Liberdade tem a cor da esperança.
E Sophia mostra-nos como se rompeu a noite do silêncio.
Trouxeste dois poetas maravilhosos, querida Ana.
Obrigada
Olinda
Cravo mais um cravo vermelho neste chão
A TV reproduziu cerca de 2`do desfile.
Entrevistou quem lhe parecia mais bizarro
e deu ênfase a um senhor
que por lá andava, com um cravo.
Dizia a pivot que comentava
ser a maior atração
da manifestação
e esqueceu o povo
muitos mil
e
tanta juventude
índios
como os de meia-praia
de que nos canta o Zeca
cada qual com seu tijolo
mas agora
p´ra construir um Abril novo
eu sei
estava lá
participei
"Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo "
Como definiu bem, a Sophia, o nosso sentimento...
Também gostei do Jorge de Sena.
Uma boa semana, Ana.
Um beijo.
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