Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Um dia Agustina disse...

Manuscrito, Agustina Bessa Luís


Durante muitos anos, ensinei o romance Sibila de Agustina Bessa Luís. Nessa época fui lendo as suas obras e o que se ia dizendo, na imprensa da especialidade, sobre ela. Poderia dissertar sobre o assunto, mas recordarei apenas essa caligrafia que sempre me impressionou. Que coisa mais pessoal que o traço do nosso punho, sobre uma folha de papel? 


Em 2012, pronunciou uma frase extraordinária que aqui vos deixo:


«Devemos discutir as coisas importantes e a morte, seguramente, não é uma coisa importante.» ABL



(Os meses de Abril e de Maio são muito trabalhosos para um professor, peço desculpas pela ausência. A vida reclamou a minha constante presença.)


14 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Tentei, tentei
Se te tivesse tido
por professora
talvez... não sei

confesso
humildemente
a minha incapacidade

Mar Arável disse...

Pela sua obra e longevidade
merece o respeito das bibliotecas

Olinda Melo disse...


Olá, Ana

Palavras de quem sabe e conhece a vida e obra de Agustina.

A caligrafia, o manuscrito, é realmente o nosso traço
pessoal. Pena é que vá desaparecendo dos nossos
dias, cada vez mais.

Beijinhos

Olinda

Graça Pires disse...

Também me impressiona a caligrafia da Agustina. Imagino que lhe dava prazer escrever à mão. A mim também… O romance "A Sibila" é um romance que se me colou à pele. Volto a ela de vez em quando. Ela também sabia que só morremos "quando o amor nos assustar mais do que a morte"...
Um beijo, Ana.
Que bom estares a gostar do livro...

CÉU disse...

Há caligrafias que me impressionam, e por isso ponho-me a tentar adivinhar através delas, qual a personalidade da pessoa, e no caso de Agustina também tenho uma ideia pré-concebida do seu temperamento, que bem pode ser bastante diferente daquilo que imagino.

Gosto da Sibila, logicamente, mas prefiro os Maias.

Há mortes e mortes e a dela foi bem "badalada" e discutida, no sentido de que morreu a última escritora de peso do século XX, contrariamente à sua frase. O nascimento e a morte são sempre assuntos de que falamos.

Beijos, Ana!

Edum@nes disse...

Também acho que a morte não será uma coisa importante. Importante é saber como viver a vida até à morte!

Tenha um bom fim de semana amiga Ana. Um beijinho.

Jaime Portela disse...

Agustina deixou-nos uma obra notável e extensa.
Tratemos da vida, porque a morte alguém a tratará por (e para) nós...
Tal como a ti, a caligrafia da escritora também me impressiona sempre que a vejo reproduzida.
Querida amiga Ana, tem um bom fim de semana.
Beijo.

RH-ESCREVENDO SUA HISTÓRIA disse...

Olá amiga!
Passando para apreciar sua maravilhosa postagem e desejar-lhe um final de semana com muita saúde, paz, amor e felicidade.Fiquei curiosa, deve ser muito interessante o livro. Abraços da família RH.

Majo Dutra disse...

É, de facto, uma escritura distinta e com carácter que sensibiliza,
tal como a sua obra.
Uma pessoa constante e fiel às suas convicções éticas e cívicas.
Perdura a sua obra...
Bom fim de semana, querida Amiga.
Beijinho
~~~

Diná Fernandes disse...

Bom dia Ana,

Acho bem interessante o modo como cada pessoa se evela através da caligrafia, gostei da partilha, não conhecia sobre Aguustina, me interessei em conhecer.
Estou a seguir seu blog.Agradecida pela benfazeja visita e comentário.
feliz semana.

Saudações poéticas.

Pedro Lopes disse...

É curioso como um ingrediente tem muito, muito sabor com no rosto de meu pai desempregado agora em portugal. Sim, muitos, muitos desempregados agora, muitas sopas dos pobres tambem. Muita trsiteza em nosso povo tugalandia agora. Que pensam nossas pessoas agora?

Jaime Portela disse...

Ana, passei para ver as novidades.
Aproveito para te desejar a continuação de uma boa semana.
Beijo.

Manuel Veiga disse...

um beijo, minha amiga

gostei do post

Existe Sempre Um Lugar disse...

Bom dia, o desaparecimento Agustina Bessa Luís foi uma perca enorme para a cultura portuguesa, a vida é assim mesmo, a morte não é elitista, não escolhe pessoas, foi reconhecida pelo que escreveu e pelo que disse, foi uma grande mulher da cultura, como tudo é politica, nunca simpatizei ideologicamente com a Agustina, escolheu a mesma em liberdade, no entanto, parte daqueles que choraram lágrimas oportunistas ao homenagear a Agustina por conveniência, não tiveram uma palavra de lamento pelo desaparecimento Ruben de Carvalho, homem invulgar, com uma "cultura vasta e multifacetada".
Obrigado pela sua simpática visita e comentário deixado no meu blog.
feliz semana,
AG