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Pandorea jasminoide - Cá de casa - Outubro, 2025 |
São plenos de recomeço e de uma doçura, que de longe nos espreita, estes dias de Outubro. Suaves, mas não serenos, na sua contradição nostálgica. Caminhamos sobre o calor esbraseado do Verão que findou e as guerras que, de perto nos espreitam, ecoam e cravam-nos lâminas de impotência sem limites.
As memórias semeiam a nostalgia dos que partiram e, o Amor que nos legaram, põem-nos uma fortaleza de Esperança no peito cansado. Somos os herdeiros desta brisa que os ares adoça. Cedermos à fraqueza foi-nos vedado. Somos humanos, carregamos a Vida.
Os nossos jasmins, suaves e odorosos, resistem ainda. Desistir, nunca será uma possibilidade! Talvez o ocaso nos espreite, mas a que distância? A viagem ainda decorre: sigamos estes voos que se atiram nos ares e, no vórtice dos abismos, deixemos flutuar o porvir.
1 comentário:
Também tenho um apreço especial pelos primeiros dias de Outubro.
Sente-se no ar um aroma doce de mosto e a doçura dos dióspiros.
Para além de tudo, tenho a grata recordação de ter sido mãe, pela primeira vez, ao nono dia deste mês dourado e suave.
Que lindas e bem cuidadas as flores do vosso jardim.
Desejo que o pior tenha passado, querida Ana.
Um beijo com sinceros votos de saúde e alegria.
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