Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Falanges


Líbano (google)
    
   O Líbano é, actualmente, um país quase falhado e um refúgio de forças de origens obscuras. Com mais de sete mil anos de civilização, o seu futuro é incerto.
  Li muito, durante a infância e adolescência, o Velho Testamento, pois esse era o hábito na casa da minha avó materna. Pode parecer estranho, mas quem conhece os alentejanos oriundos de Castelos de Vide e proximidades não se admirará. Criei um inegável fascínio pelos belos poemas dos Salmos. Talvez tenha, aí, surgido o meu amor pela poesia e o meu interesse por lugares remotos do mundo.
  Quando comecei a leccionar, tive um colega de Educação Física que pertencera à Legião Estrangeira e estava visivelmente perturbado. Gostava de ouvi-lo falar das ruas de Beirute designando-as pelos nomes e das tantas narrativas dos tempos em que lutara ou vivera nessas geografias. Depois, tinha uma expressão que, só agora, começo a entender:"Quando ali houver um conflito qualquer, perguntem sempre porque ninguém fala da falange cristã libanesa".
    

Cedros no Líbano (Google)

    
"Embora se defina oficialmente como uma organização política secular, a maioria dos seus componentes é cristã maronita. As Falanges estiveram implicadas em numerosos atos de guerra e massacres durante a Guerra Civil Libanesa (1975-1990), a exemplo do massacre de refugiados palestinos, nos campos de Sabra e Shatila." (Wiki) https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7as_Libanesas

    Afinal, por onde andarão os velhos libaneses da minha infância? Fenícios, que um dia cresceriam em Justiça?

    “Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano.” (Salmos 92.12)


    Meus amigos, que todas as falanges se apaguem da terra dos velhos fenícios que um dia, também, rumaram à nossa querida Ibéria.