Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

domingo, 22 de junho de 2008

Eugénio de Andrade - Matéria Solar

Cromeleque dos Almendros - Évora
Conhecias o verão pelo cheiro,
o silêncio antiquíssimo
do muro, o furor das cigarras,
inventavas a luz acidulada
a prumo, a sombra breve
onde o rapazito adormecera,
o brilho das espádulas.
É o que te cega, o sol da pele.
Eugénio ANDRADE

http://www.portugalvirtual.pt/_tourism/plains/indexp.html#Evora

2 comentários:

Bípede Implume disse...

A riqueza do Alentejo sublinhado com um poema tão belo de Eugénio de Andrade.
Vejo nos teus poemas a indicação de que foram escritos em Ponte de Sôr que conheço muito bem.
Boa semana, amiga e beijinhos.

Nelson disse...

Obrigada pela visita Anna.
Obrigada pelo comentário.
São palavras simples e de gente distante que as vezes fazem toda força que precisamos. Abraços que sabor do Indico e boa semana para ti