Joseph-Plateau, La Belle Alliance,1815 |
Eram lugares perdidos na infância e o tempo de incertezas impiedosas. Eram dias cinzentos de sonhos dispersos no vento suão. A voz incólume do trovão. Lendas e conselhos sábios trazidos de um tempo antigo. A rua, nua de ilusões, frágil lugar de imperfeitas fugas. Era o teu abrigo, força contida pela razão. Eram sábias as palavras que lavravas nas tardes de Verão. Ancestrais carícias na criança exausta de correrias sem rumo. Planície estendida na busca de um prumo.
Ana
10 comentários:
Rasgar a memória
é pintar
um gesto, um lugar
construindo a nossa história
Faça-o mais vezes,
muita gente, como eu, irá gostar
Belíssimo, Ana. Beijo
Que dizer senão que é muito bonito o teu texto? rrss
Bons sonhos
Só quem escreve assim como você o faz, poderia legendar desta maneira um desenho assim. Que bonito.
uma única palavra: lindo!
A incerteza por si só é impiedosa… como dizes tempos perdidos… alguns recuperáveis com belas lembranças quando menos se espera…
Muito belo e poético Ana, sábio, antigo e com muita força… beijinho
Querida Aninha
Concordo inteiramente com o primeiro comentário.
Até um dia se transformar em livro. Pensa nisso. Eu estaria na primeira fila.
Beijinhos. Um bom fim de semana cheio de muito calor humano porque a natureza está zangada connosco, de certeza.
Isabel
Amiga, a infância é sempre inspiradora, as tuas palavras provam-no. LINDO!
beijinhos
Que belas são suas palavras. Li um poema curto ( ainda nesta página,mas algumas postagens para trás) sobre a possibilidade de uma fuga e uma volta envolta em amargura e, juro, os versos estão aqui ecoando em mim. É incrível a sua poesia, Ana.
Bjos.
É tão bom regressar ao espaço onde fomos crianças... um abraço que nos abraça, ainda que vazio de braços...
beijo, Ana. Obrigada.
boa semana para si
Mel
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