Abutres, Portugal |
Tristemente, abutres políticos espreitam a dor alheia!
As amoras
O meu país sabe a amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talveznem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Eugénio de Andrade
10 comentários:
Sem muros nem amos
Que viva Eugénio
Bj
Enquanto manchado de nódoas,
do sangue na terra derramado
o pais cheira mais a queimado
do que a doce cheiro das amoras!
Tenha uma boa tarde amiga Ana, um beijo,
Eduardo.
Nem sempre é a beleza que nos chama a atenção, mas ela existe! Contudo, também é belo ver todo o "cenário". Beijinhos :)
Podíamos chamar-lhes ávidos tiranos,
porém, aves de rapina assenta melhor,
porque não se extinguem...
Temos que enfrentar os espinhos para
colher alguma doçura.
Muito pertinente esta associação...
Beijinhos, Ana.
~~~~~
Imagem linda!
Pena que aos abutres correspondam atributos tão feios...
Eugénio de Andrade, um dos meus preferidos (MUITO preferidos!) :)))))))))
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Sempre certeira amiga Ana.
Passei para te desejar um bom fim de semana.
Continuo em off :(
beijinho
Infelizmente não é só ele...
Abomino os abutres políticos.
E há tantos, tantos, que é raro verem-se andorinhas.
Ana, tem um bom fim de semana.
Abraço.
Há muitas aves de rapina por aí, Ana.
O Eugénio e este magnífico poema. Que bem que me fez relê-lo. Obrigada.
Um beijo.
Olá, querida Ana
E assim os dias vão passando neste país adormecido.
Bj
Olinda
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