O amor em tempos de caos Jan Toorop ( Johannes Theodorus Toorop ) 1858 - 1928 Holandês pintor indonésio simbolismo |
Harmonia do terror
Quando a alma destrói o
perdão
E o ciclo das flores se
fecha
No particular e no geral:
Nenhum som de flauta,
Nem mesmo um templo grego
Sobre colina azul
Decidiria o gesto
recuperador.
Fome, litoral sem coros,
Duro parto da morte.
A terra abre-se em sangue,
Abandona o branco Abel
Oculto de Deus.
(mestre da poesia brasileira) Murilo Mendes, «Janela do Caos»
Indonésia, hoje, Estadão |
7 comentários:
Um poema de Murilo Mendes que faz pensar. Podia ter sido escrito agora pois se alguma coisa mudou foi para pior e "a terra abre-se em sangue"
Uma boa semana, Ana.
Um beijo.
Bom dia, conheço pouco de Murilo, o pouco que li dele, é bem construído e entra bem, aconteceu mais uma vez na Indonésia, a terra abrir-se em sangue.
Continuação de feliz semana,
AG
Deve ser horrível presenciar a natureza que amamos,
insurgir-se violentamente contra nós.
Difícil esquecer o horror, embora se saiba que ela
não é culpada...
Aqui vivemos numa zona onde os aparelhos registam
diariamente sismos a sudoeste de Sagres, no mar.
Beijinhos, estimada Ana.
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O sangue é cada vez em maior quantidade, principalmente por causa de fenómenos não naturais...
Excelente escolha poética, gostei imenso (não conhecia).
Ana, um bom fim de semana.
Beijo.
Olá, Ana!
Será que consegue haver harmonia no terror?
Sempre o teu humanismo, sempre!
Beijos e bom fim de semana.
Deixa-me dizer-te que eu sei que o poema foi escrito por um poeta brasileiro, k nasceu em 1901 em Juiz de Fora e faleceu em Lisboa em 1975, mas é a tua escolha, que eu louvo.
Beijinho.
Infelizmente a natureza fica indomável e as pessoas têm de sofrer as calimidades
bjos
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