Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

domingo, 18 de janeiro de 2015

A Torga

torga (google)

Súplica

Não adiem a nova primavera.
Olhem que ramos tristes, os meus braços!
Trinta invernos a fio, e só dez anos 
De rosas de inocência e de perfume!
Lume!
Lume é que a vida quer nos ímpetos gelados!
Homens a arder de sonho e de alegria,
Em vez de candelabros de agonia,
Apagados.

(M. TORGA, Canto do Homem)



ANTT

Desespero

Homem, que perdição!
Que desgraça!
Um arco de triunfo em cada praça
A consagrar a tua perdição!

(ibidem)

PIDE  - ANTT


13 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Isto não é apenas belo
É forte
E dá força
e
mesmo tendo-a
ma reforça

(vou ter de usar isto, querida amiga)

Ana Tapadas disse...

Força!
bj

Edum@nes disse...

Lume que a vida quer,
quando a vida lume exige
a força quem a tiver
viver bem em paz é fixe!

Desejo-lhe uma boa noite amiga Ana, um beijo.
Eduardo.

São disse...

Grande Torga!

Ainda existem Homens assim? ..

Minha querida , forte abraço.

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Torga é como uma seiva libertadora.
Adorei os teus amigos mais racionais que muitos humanos. São lindos, lindos.
Beijinhos, boa semana.

Mar Arável disse...

O belo lume das palavras impolutas

Fê blue bird disse...

Excelente esta tua homenagem a uma figura ímpar da nossa cultura.
Vinte anos se passaram mas as suas palavras cada vez são mais actuais.

beijinho amiga Ana

Lídia Borges disse...


Torga, escreve num tempo de cardos crivado. Hoje do cardo só querem deixar-nos ver a flor que, quando existente, é débil e efémera.

Beijo

Manuel Veiga disse...

a arder - como humanas tochas!

beijo

AC disse...

Relembrar, sempre, por quem lutar pela dignidade fez bandeira, até ao fim.

Um beijo :)

Olinda Melo disse...


Sim, "a torga". Plantinha humilde que o grande escritor escolheu para apelido no conjunto do seu pseudónimo. E que bela homenagem, querida Ana! Somos riquíssimos na nossa literatura a que pessoas tão ilustres dão voz.
Hoje o Xaile faz 4 aninhos. Vim trazer beijos e abraços e, também, um pouco do queque que encontrei na net.:). Olinda

Existe Sempre Um Lugar disse...

Olá, a vida exige lume, que vida pode existir sem lume?
AG

Luma Rosa disse...

Oi, Ana!
Um escritor íntegro e livre. Quando leio seus poemas sinto a beleza incomensurável que se vê da Galafura, a dor de um filho que acaba de perder a mãe, o espírito inquieto de um Orpheu Rebelde...
Por demais telúrico!!
Beijus,