|
Francisco Charneca |
Sobre a planície esgotada
Tomba a ruína dos dias
Sabe-se então que quimeras
Sobrevoam melancolias
Vindas do ontem e das eras
Da princesa moura encantada
De hábeis mãos macias
Sobre um penedo sentada
Que tece na fímbria das heras
Bilros de luz orvalhada
Ana
11 comentários:
Na charneca canta a cotevia
De madrugada canta o galo no poleiro
Ainda o sol não nascia
Já ia com os bois para o campo, o boieiro!
Terra do calor ardente
Na planície tantas lágrimas derramadas
Os carrascos controlavam toda a gente
Descontente, ninguém ouvia a suas palavras!
Obrigado pela sua visita amiga Ana.
Bom fim de semana, um abraço
Eduardo.
Oi, Ana!!
Esses lugares amaldiçoados, abandonados e castigados pelo tempo enceram histórias de vidas, infrutíferas e secas. Dizem que tem gente que gosta de ser triste. Desconfio de quem diz só conhecer o céu. Até os pássaros pousam.
Beijus,
Ana,
Gosto muito do poema.
Fala-nos de ruinas,
sem nunca perder o sentido da vida
que é o que interessa mais,
julgo eu...
Muito grato pela visita
Grande abraço
Bom fim de semana
Há algo de bucólico e idílico neste poema que nos transporta. Gostei
Beijo amigo
Um poema muito bonito com uma ilustração linda...
Minha querida, bom fim de semana
quimeras que são lenitivo. dos dia de hoje...
teces muito bem as palavras - "como bilros de luz orvalhada"...
beijp
Demonstraste uma vez mais, minha amiga Ana, a tua grande capacidade de transformar a realidade em poesia.
Se puderes passa no meu blogue tenho lá uma taça de bom vinho italiano para te oferecer, pois hoje é um dia especial ! ;)
beijinho
Fê
Que linda sua maneira única de poetar.
Você poetisa de uma tal maneira que posso ver desenado à minha frente cada cena do seu poetar...eu adoro!
Um abraço querida Ana!
OI ANA!
VERSOS ESCRITOS COM O CORAÇÃO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Querida Aninha
Ainda gosto das lendas de mouras encantadas... mas este poema transcende todas elas.
Lindo mesmo.
Beijinho, boa semana
Isabel
Querida Ana
Fico encantada com a facilidade com que inseres pedaços de lendas, que são História, nos teus poemas, dando-lhes sentido e interpretando-os à luz dos nossos tristes dias.
Mas uma luz, uma esperança nos trazes pela mão, ou pelas mãos, da moura-fiandeira, um bálsamo para o coração.
Bjs
Olinda
Enviar um comentário