Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sexta-feira, 24 de abril de 2009

À Espera...


Lima de Freitas

NEVOEIRO


Nem rei nem lei, nem paz nem guerra.
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem.
Nem o que é mal e o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!

http://omj.no.sapo.pt/

https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/501/1/AlbertoAraujo73-95.pdf


http://www.novaera-alvorecer.net/lima_de_freitas.htm

4 comentários:

Bípede Implume disse...

Querida Ana
Também estive a olhar para este poema mas...segui noutra direcção.
Acho que é premonitório.
Bem, mas vamos lá falar do teu jardim. Que lindo e ...muito cuidado. O meu é mais desarrumado.
Como não estou sempre ao pé dele as ervas começam a tomar conta.
Adoro rosas brancas. Tenho tentado, em vão, as buganvílias. Morrem sempre. Já não sei que hei-de fazer. Uns dizem-me que têm falta de água outros dizem que têm água a mais. Gosto daquelas com flor miudinha e dobradas.
Andei estes dias muito atarefada,sem tempo para blogar.
Mas voltei para desejar-te um feliz 25 de Abril, com um grande abraço de amizade.
Beijinhos.

ADRIANO NUNES disse...

Ana,

Belíssimo poema! Salve Pessoa e suas dimensões impossíveis!



Beijo imenso!
Adriano Nunes.

Dalva Nascimento disse...

Que lindo, Ana... um poema tocante!

Receba o meu carinho!

alex campos disse...

Um bom 25 de Abril,
Beijos.